Rússia aberta a satisfazer pedido da Sérvia para fornecer gás mais barato

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, pediu hoje em Moscovo a Vladimir Putin que forneça a Belgrado gás a um preço inferior ao atual, recebendo do homólogo russo garantia de que iriam "definitivamente" discutir um acordo.

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© GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
09/05/2025 23:19 ‧ há 5 horas por Lusa

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A Sérvia está atualmente a negociar com a Rússia um novo acordo plurianual de fornecimento de gás, uma vez que o acordo de fornecimento em vigor, de três anos, expira no final de maio.

 

Numa reunião com Putin no Kremlin, à margem das comemorações em Moscovo do 80º aniversário da derrota da Alemanha nazi, Vucic admitiu que o seu país estava a receber gás russo em condições "muito favoráveis".

"Agradecemos-lhe por isso. Esperamos que consigamos manter estas condições e, se me permite dizê-lo, melhorá-las", disse Vucic a Putin num russo fluente, num encontro parcialmente transmitido pela televisão russa.

Putin disse que os dois homens iriam "definitivamente discutir" as entregas da empresa estatal Gazprom à Sérvia.  

"A Rússia continua a ser a garante da segurança energética da Sérvia", acrescentou o Presidente russo.  

Belgrado depende da Rússia para as suas necessidades de gás e no seu atual contrato com Moscovo paga apenas 275 dólares por 1.000 metros cúbicos, muito abaixo do preço de mercado na Europa.

A Sérvia, que não é membro da União Europeia (UE), mas está a tentar aderir, manteve laços estreitos com a Rússia durante toda a ofensiva russa na Ucrânia e não impôs sanções a Moscovo.  

A UE tem manifestado frequentemente preocupação com a relação de proximidade entre Belgrado e Moscovo e tem solicitado regularmente à Sérvia que alinhe as suas políticas externas e de segurança com as de Bruxelas.

No desfile militar alusivo ao 80º aniversário da derrota da Alemanha nazi, Vucic foi um dos líderes de 29 países que estiveram ao lado de Putin nas bancadas da Praça Vermelha, a par dos Presidentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Lula da Silva, bem como os chefes de Estado do Cazaquistão, da Bielorrússia, do Vietname, da Arménia, de Cuba e da Venezuela.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, - desafiando as posições da UE - também esteve presente, assim como o Presidente dos sérvios da Bósnia, Milorad Dodik, procurado pela justiça da Bósnia.

No desfile marcharam cerca 11 mil soldados, incluindo 1.500 militares que combateram na Ucrânia, de acordo com a agência de notícias estatal russa TASS.

O desfile militar incluiu ainda a passagem de 130 veículos, entre as quais os antigos blindados soviéticos T-34 e as peças de artilharia SU-100 utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial.

Como novidade, os aparelhos aéreos não tripulados (drones) utilizados na campanha militar na Ucrânia foram exibidos, transportados em camiões todo-o-terreno Kamaz.

Na abertura da cerimónia, Putin disse que o país apoia a ofensiva na Ucrânia, cuja invasão ordenou em fevereiro de 2022.

"Todo o país, a sociedade e o povo apoiam aqueles que participam na operação militar especial (invasão da Ucrânia). Estamos orgulhosos da sua coragem e tenacidade, essa força de espírito que sempre e só nos trouxe a vitória", afirmou o Presidente russo.  

Leia Também: Presidente da Sérvia interrompe visita aos EUA por razões de saúde

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