Braço militar do Hamas diz que libertará hoje refém israelo-americano

As Brigada Al-Qassam, o braço armado do Hamas, anunciaram que vão libertar ainda hoje o refém israelo-americano Edan Alexander, sequestrado em Gaza desde os ataques de 07 de outubro de 2023.

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© Amir Levy/Getty Images

Lusa
12/05/2025 09:28 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"As Brigadas Al-Qassam decidiram libertar o soldado sionista de nacionalidade norte-americana, Edan Alexander, atualmente detido. A libertação terá lugar hoje, segunda-feira, 12 de maio de 2025", disse o seu porta-voz, Abu Obeida, numa mensagem na rede social Telegram.

 

Edan Alexander, o único refém vivo com cidadania israelita e norte-americana ainda detido em Gaza, foi raptado enquanto servia numa unidade de elite no sul de Israel durante o ataque realizado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 ao território israelita, que fez cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns.

Numa declaração no domingo, o Hamas já tinha dito estar "pronto para iniciar imediatamente negociações intensivas com vista a chegar a um acordo final sobre o fim da guerra, a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, a gestão de Gaza por um órgão independente (...), além da reconstrução e o fim do cerco" israelita.

O Hamas confirmou ainda contactos com o Governo norte-americano, depois de dois representantes do movimento terem falado em "discussões diretas" com os Estados Unidos. No início de março, os Estados Unidos, que consideram o Hamas uma organização terrorista, reportaram contactos diretos iniciais com o movimento palestiniano, liderado pelo enviado especial dos EUA para os reféns, Adam Boehler, após consultas com Israel.

O anúncio do Hamas surge na véspera do início da viagem do Presidente norte-americano, Donald Trump, ao Médio Oriente, prevista para decorrer entre na terça-feira e sexta-feira, passando pela Arábia Saudita, pelos Emirados Árabes Unidos e pelo Qatar, um dos mediadores entre Israel e o Hamas.

Já o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que a libertação do refém não levará a um cessar-fogo na guerra em Gaza.

"Israel não se comprometeu com qualquer cessar-fogo ou com a libertação de terroristas [prisioneiros palestinianos], mas apenas com um corredor seguro que permita a libertação de Edan", declarou hoje Netanyahu.

O ataque do Hamas a Israel em 07 de outubro de 2023 desencadeou uma guerra em Gaza, onde Israel, prometendo destruir o Hamas, lançou uma ofensiva devastadora que fez mais de 52 mil mortos, outros milhares de feridos e provocou um desastre humanitário no enclave palestiniano.

Após uma trégua de dois meses, Israel retomou a sua ofensiva em Gaza em 18 de março, tomando grandes áreas do território palestiniano.

Leia Também: Trump saúda "notícia monumental" de libertação de refém israelo-americano

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