Duas crianças de 7 e 9 anos foram ‘apanhadas’ com uma arma de fogo carregada, em Albuquerque, no Novo México, a 16 de fevereiro.
As imagens do confronto só foram divulgadas pelo Gabinete do Xerife do Condado de Bernalillo na passada sexta-feira, por forma a destacar a utilização da tecnologia de drones e da Unidade de Saúde Comportamental para "monitorizar a situação em tempo real, fornecendo atualizações críticas e melhorando a consciência situacional", de acordo com um comunicado das autoridades.
"Esta tecnologia permitiu que os agentes protegessem a área de forma rápida e segura, evitando assim um potencial encontro mortal com os jovens", complementaram.
No vídeo, ao qual poderá aceder na galeria acima, os irmãos são vistos a passar a arma de fogo carregada um para o outro. Vestidos de pijama, até se debatiam por quem tinha controlo da arma, como se não passasse de um brinquedo.
O xerife John Allen revelou que uma das crianças premiu o gatilho quando as autoridades dispararam uma bala menos letal para os distrair, mas a arma não funcionou corretamente. Se a arma tivesse disparado, os agentes "poderiam ter usado força letal".
"Não teria sido bem visto por ninguém no país", disse, citado pelo Albuquerque Journal.
Desconhece-se como é que as crianças tiveram posse da arma, mas as autoridades detalharam que já tinham sido chamadas àquela residência pelo menos 50 vezes, por questões relacionadas os meninos e com a família.
Os menores não foram formalmente acusados, tampouco os seus progenitores. A guarda dos meninos também não foi retirada, mas a arma foi apreendida.
Allen sublinhou ainda que a prioridade passa por ajudar a família, para que as crianças possam ter sucesso no futuro. Disse, no entanto, que os menores "foram ensinados a usar a arma de fogo" e que tinham aprendido o comportamento que exibiram naquele dia.
"As crianças são o nosso futuro, e sabemos que um dos lados vai dizer: 'Prendam-nos'. Eles têm 7 e 9 anos. Já vos disse várias vezes, em várias entrevistas, que compreendo o lobo frontal", disse, referindo-se à falta de desenvolvimento cerebral e de capacidade de decisão naquelas idades.
Por seu turno, o diretor clínico da Unidade de Saúde Comportamental, Michael Lucero, assinalou que a entidade, que inclui agentes, clínicos e paramédicos, foi mobilizada para ajudar a família com "numerosos problemas que estão a ter" e conseguiu avaliações psiquiátricas para os meninos.
Lucero indicou ainda que foram encontradas soluções para que as crianças e os pais, que tinham um extenso historial de traumas, recebessem a ajuda de que precisavam.
Veja o vídeo.
Leia Também: Militar dos EUA surpreende mãe em formatura. Não se viam há 9 meses