"Até sempre, querido amigo". Ativistas lamentam morte de Mujica

Símbolo da esquerda latino-americana, o antigo chefe de Estado morreu aos 89 anos.

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Notícias ao Minuto com Lusa
14/05/2025 09:20 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Uruguai

Apoiantes do partido do Frente Ampla reuniram-se, na noite de terça-feira, junto à sede do coletivo, em Montevideu, para assinalar a morte do ex-presidente uruguaio José ‘Pepe’ Mujica.

 

Símbolo da esquerda latino-americana, o antigo chefe de Estado morreu aos 89 anos, conforme informou o atual presidente, Yamandu Orsi.

O próprio Mujica já tinha revelado, no início deste ano, que um cancro no esófago, diagnosticado em maio de 2024, se tinha espalhado e que o seu corpo envelhecido já não tolerava o tratamento. "É só até aqui que vou", disse.

“Pepe, eterno”, gritou um ciclista que passava pelo local onde vários apoiantes do Frente Ampla estavam reunidos, munidos com faixas em que se liam mensagens como “até sempre, querido amigo”.

A vida de José Mujica foi dedicada ao ativismo, culminando num mandato presidencial de cinco anos marcado pela austeridade a que se impôs e por mensagens de solidariedade muito distantes da grande retórica política.

O seu perfil singular tornou-o num símbolo que transcendeu as fronteiras de um pequeno país de apenas 3,4 milhões de habitantes.

Mujica recebeu a presidência em 2005 do seu colega Tabaré Vázquez, mas rapidamente deixou claro que o seu estilo discursivo e político estava longe do padrão, mesmo num país em que parte da esquerda via o venezuelano Hugo Chávez e a sua "Revolução Bolivariana" como um modelo a seguir.

Incluiu antigos guerrilheiros Tupamaro e sociais-democratas no seu gabinete e sua animosidade em relação ao consumismo e aos protocolos tradicionais foi particularmente discutida e tornou-se palpável na sua vida diária.

Mujica evitava os veículos oficiais e defendia a sua rotina numa pequena "chacra" (quinta) perto de Montevideu com a sua mulher, Lucía Topolansky, também ela uma fervorosa ativista de esquerda, onde combinava a liderança do Estado com o cultivo de flores e legumes.

Humilde, terra a terra, informal, polémico e adorado pelas camadas populares, quando chegou ao poder, vendeu a residência presidencial de verão para financiar programas sociais.

Percorra a galeria.

Leia Também: Líderes dizem adeus a Mujica, o "querido Pepe", "um exemplo" e um "farol"

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