Trump pede ao líder sírio que expulse "terroristas palestinianos"

O presidente norte-americano, Donald Trump, pediu hoje ao líder do Governo de transição da Síria, Ahmad al-Sharaa, para expulsar os "terroristas palestinianos" da Síria, durante uma reunião em Riade, segundo a Casa Branca.

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© Francis Chung/Politico/Bloomberg via Getty Images

Lusa
14/05/2025 12:01 ‧ há 4 horas por Lusa

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O presidente norte-americano "encorajou" o líder sírio a "expulsar os terroristas palestinianos", segundo a Casa Branca.

 

Sob os governos de Bashar Al-Assad, a Síria acolheu durante décadas inúmeras fações palestinianas, incluindo membros do grupo islamita Hamas e da 'Jihad' Islâmica.

O encontro entre os dois líderes aconteceu durante a reunião especial de líderes do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), em Riade, na Arábia Saudita, e durou 33 minutos, o primeiro encontro entre líderes dos dois países em 25 anos. A reunião contou com a presença do príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que participaram na conversa virtualmente.

Trump declarou na terça-feira que "ordenaria o fim das sanções contra a Síria", que estão a pesar muito sobre a economia do país, que está esgotada após 14 anos de guerra civil. Esta decisão foi particularmente exigida pela Arábia Saudita e pela Turquia.

A Casa Branca referiu hoje que Trump pediu a al-Sharaa que "dissesse a todos os terroristas estrangeiros para abandonarem a Síria" e ajudasse os Estados Unidos a impedir qualquer ressurgimento do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

O presidente norte-americano conversou com o líder sírio para que aderisse aos Acordos de Abraão, pelos quais vários países árabes reconheceram Israel em 2020, segundo a Casa Branca.

Trump pediu ainda que o governo sírio "assumisse a responsabilidade" por mais de uma dezena de centros de detenção que mantêm cerca de 9.000 alegados membros do grupo Estado Islâmico, acrescentou Leavitt.

As prisões são geridas pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pelos EUA e lideradas pelos curdos, que lideraram a campanha militar contra os extremistas e controlaram a último zona que os 'jihadistas' detinham em março de 2019.

No âmbito de um acordo assinado em março entre o governo sírio e as FDS, todas as passagens fronteiriças com o Iraque e a Turquia, aeroportos e campos petrolíferos no nordeste seriam colocados sob o controlo do governo central até ao final do ano.

O desejo de Trump de que a Síria assuma o controlo das prisões também sinaliza o potencial de uma retirada militar norte-americana total da Síria.

Entretanto, o passado de al-Sharaa suscita preocupação em Israel, nomeadamente após ter sido nomeado presidente interino da Síria em janeiro, um mês após uma impressionante ofensiva de grupos insurgentes liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), liderado por al-Shaara, que tomaram Damasco e colocaram um fim ao governo de 54 anos da família al-Assad.

Muitos líderes do Golfo Árabe uniram-se em apoio do novo governo de Damasco e querem que Trump também o faça, acreditando ser necessário contra o regresso da influência na Síria do Irão, que ajudou a sustentar o governo de al-Assad durante uma guerra civil de uma década.

Mas Israel, aliado dos Estados Unidos, tem-se mostrado profundamente cético em relação ao passado extremista de al-Sharaa e tem alertado contra o rápido reconhecimento do novo governo.

Leia Também: Irão rejeita "visão enganadora" de Donald Trump contra regime de Teerão

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