O novo pontífice ficou visivelmente emocionado quando o cardeal filipino Luis Antonio Tagle lhe impôs o anel na mão.
"Hoje, sucedes ao Beato Apóstolo Pedro", proclamou o cardeal, em latim, antes de entregar o anel ao novo Papa.
O novo pontífice olhou durante alguns instantes para a sua mão, quase a conter as lágrimas, enquanto a praça se enchia de aplausos.
Leão XIV recebeu primeiro o pálio, uma estola de lã branca que representa o peso do "rebanho" sobre os ombros do pastor, decorada com seis cruzes de seda preta e presa com três agulhas que representam os pregos da Cruz.
Depois de uma oração, o cardeal filipino entregou o anel do pescador em ouro, cujo selo ostenta a imagem de São Pedro com as chaves e a rede do pescador. No interior, a inscrição "Leão XIV" (em latim) e o seu brasão papal.
O pontificado de Robert Prevost, eleito a 8 de maio no conclave que se seguiu à morte de Francisco, é considerado oficialmente inaugurado com a apresentação destes dois símbolos.
Após ter recebido os símbolos, o Papa Leão XIV recebeu a promessa de obediência de 12 pessoas, representando toda a Igreja Católica.
O rito mudou nos últimos anos e não foram apenas cardeais que prometeram obediência, mas sim representantes da Igreja Católica.
Entre os cardeais estavam Francis Leo, do Canadá, representando a América do Norte, Jaime Spengler, do Brasil, representando a América do Sul, e John Ribat, de Papua Nova Guiné, representando a Oceania.
O bispo de Callao, no Peru, o venezuelano Arturo Sosa, superior dos jesuítas, e duas jovens integraram o grupo de pessoas que prometeram obediência ao Papa.
A cerimónia de obediência faz parte do ritual do início do pontificado, que começou com uma oração no túmulo de São Pedro, no interior da Basílica do Vaticano.
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