Governo romeno denuncia novas "marcas de interferência russa" nas eleições

O Governo romeno denunciou hoje novas "marcas da interferência russa" para "influenciar o processo eleitoral", quando decorre a segunda volta das presidenciais, através de uma "campanha viral de notícias falsas" nas redes sociais, nomeadamente no Telegram.

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Lusa
18/05/2025 18:19 ‧ há 6 horas por Lusa

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"Durante as eleições presidenciais em curso na Roménia, voltamos a ver as marcas da interferência russa. Uma campanha viral de notícias falsas no Telegram e noutras plataformas de redes sociais tem como objetivo influenciar o processo eleitoral. Este facto já era esperado e as autoridades da Roménia desmascararam as notícias falsas", escreveu o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno na rede social X.

 

Pouco antes, o fundador do Telegram, Pavel Durov, acusou França, sem a nomear, de ter tentado interferir nas eleições, o que Paris negou firmemente.

Numa mensagem publicada nesta aplicação, o empresário de 40 anos russo, que se naturalizou francês em 2021, culpou "um governo da Europa Ocidental", que disse poder "adivinhar" dando uma pista: uma imagem em forma de baguete.

"[Este governo] contactou o Telegram, pedindo-nos para silenciar as vozes conservadoras na Roménia, antes das eleições presidenciais de hoje", acrescentou.

"Recusei firmemente. O Telegram não vai restringir as liberdades dos utilizadores romenos, nem bloquear os seus canais políticos", escreveu Pavel Durov, que está a ser investigado em França desde agosto por uma série de delitos relacionados com o crime organizado, tendo sido geralmente criticado pela justiça por não ter tomado medidas contra a difusão de conteúdos criminosos no serviço de mensagens.

Numa reação publicada na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês denunciou "alegações totalmente infundadas".

"A França rejeita categoricamente estas alegações e apela a todos para que mostrem responsabilidade e respeito pela democracia romena", acrescentou o Quai d'Orsay.

"As recentes acusações contra França não passam de uma tática de diversão face às ameaças reais de ingerência contra a Roménia. A França apela a todos os atores políticos romenos para que assumam a responsabilidade e defendam a democracia", continuou o ministério.

As eleições presidenciais romenas têm sido marcadas pela polémica, depois de uma primeira volta ter sido anulada em dezembro passado pelo Tribunal Constitucional, numa decisão inédita, por suspeita de interferência russa, que teria beneficiado nas redes sociais, nomeadamente no TikTok, o candidato pró-russo Calin Georgescu.

Na segunda volta de hoje, concorrem o candidato nacionalista George Simion, vencedor da primeira volta, realizada em 04 de maio, com cerca de 41% dos votos, quase o dobro do independente e pró-europeu Nicusor Dan.

Simion denunciou a anulação da votação de novembro como "um golpe de Estado" e apresenta-se como "herdeiro político" de Georgescu, que prometeu colocar no cargo de primeiro-ministro.

[Notícia atualizada às 18h37]

Leia Também: "Façam o mesmo". Romeno George Simion fecha contas nas redes

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