Em Le Lavandou, cidade no litoral, as duas vítimas mortais "nascidas em 1939", eram um casal, "surpreendido pela subida muito rápida do nível das águas" no seu veículo, declarou o procurador de Toulon, Samuel Finielz.
Em Vidauban, a terceira vítima mortal, também com 80 anos, estava a ser procurada pelas autoridades após ter sido dada como desaparecida, disse uma fonte da câmara municipal de Var.
"Duzentos bombeiros foram mobilizados e cerca de 50 intervenções foram efetuadas, algumas das quais consistiram no salvamento de pessoas e na sua segurança", explicou a prefeitura, em comunicado, acrescentando que o alerta laranja de vigilância para "tempestades e inundações pluviais" no departamento terminou às 14:00 (13:00 de Lisboa).
Além disso, foram mobilizados dois helicópteros de segurança civil, bem como cerca de 40 agentes das forças de segurança (equivalentes à GNR).
"A chuva forte e constante em Le Lavandou provocou inundações nas ruas e a destruição de algumas estruturas", afirmaram as autoridades.
No final do dia de segunda-feira, granizo e chuva forte atingiram o sudoeste do país, provocando inundações e estragos, nomeadamente na linha ferroviária Bordéus-Toulouse, na qual não poderão circular comboios durante "vários dias", de acordo com um porta-voz da empresa francesa de caminhos-de-ferro SNCF.
A linha ficou danificada no departamento de Lot-et-Garonne devido às chuvas torrenciais, interrompendo a ligação TGV Toulouse-Bordéus-Paris, com pelo menos 507 passageiros a serem retirados de autocarro.
Também as culturas do vale do Garonne, já afetadas pela precipitação excessiva dos últimos meses, sofreram danos significativos e os agricultores deverão avaliá-los nos próximos dias.
Em Lot-et-Garonne, as parcelas e as encostas plantadas com culturas de verão (girassóis, milho e soja) foram "arrastadas por aluimentos de terras", indicou o presidente da Câmara de Agricultura local, Patrick Franken.
"Já vimos trovoadas em maio, mas com esta intensidade, é muito raro", acrescentou.
De acordo com a homóloga de Landes, Marie-Hélène Cazaubon, a tempestade afetou parcialmente as vinhas de Armagnac e de Tursan, cujos danos ainda estão a ser avaliados pelos produtores.
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