A conversa telefónica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente norte-americano, Donald Trump, na tarde desta segunda-feira, durou duas horas e, segundo o Kremlin, foi "muito informativa e franca".
"Muito útil. Em primeiro lugar, agradeci ao presidente dos Estados Unidos o apoio do país ao reinício das negociações diretas entre a Rússia e a Ucrânia sobre um possível acordo de paz. O presidente dos Estados Unidos manifestou a posição relativamente a um cessar-fogo. Da minha parte, registei que a Rússia também é favorável a uma resolução pacífica da crise ucraniana. Temos simplesmente de determinar as formas mais eficazes de avançar para a paz", revelou Putin aos órgãos de comunicação social russos, citados pela BBC.
Agora deve seguir-se um telefonema de Donald Trump ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Nas conversações realizadas na sexta-feira, as duas partes - Rússia e Ucrânia - concordaram numa troca de mil prisioneiros cada uma. O chefe dos serviços secretos ucranianos, Kyrylo Budanov, admitiu no sábado na televisão ucraniana que as trocas poderão ocorrer já esta semana.
A troca de prisioneiros foi a decisão mais significativa de uma reunião curta, em que a Rússia esteve representada por uma delegação chefiada por um conselheiro cultural do presidente russo.
O próprio Trump anunciou no sábado que iria falar esta segunda-feira com Putin, mas também com Zelensky e com os líderes da NATO, no que disse esperar ser "um dia produtivo" que conduza, na melhor das hipóteses, a um cessar-fogo.
Os contactos serão os primeiros de Trump com altos responsáveis de ambos os países desde a reunião de sexta-feira em Istambul, a primeira desde a primavera de 2022.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, exige o fim das entregas de armas ocidentais a Kyiv antes de se poder chegar a acordo sobre qualquer trégua.
Leia Também: Rússia diz preferir solução diplomática antes da conversa Putin-Trump