Israel chama chefes negociadores e deixa uma equipa em Doha

Israel anunciou hoje ter chamado "para consultas" os encarregados das negociações em Doha para a libertação dos reféns em troca de um cessar-fogo em Gaza e manter uma equipa de trabalho na capital do Qatar.

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© MAYA ALLERUZZO/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
20/05/2025 20:32 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Os israelitas aceitaram uma "proposta norte-americana para o regresso dos reféns" que foi "transmitida ao [movimento islamita palestiniano] Hamas pelos mediadores" (Egito e Qatar), mas "o Hamas mantém a recusa", segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

 

"Após cerca de uma semana de contactos intensos em Doha, os negociadores principais regressarão ao país para consultas, deixando uma equipa de trabalho em Doha".

Israel declarou a 07 de outubro de 2023 uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestrando 251.

A guerra naquele território palestiniano fez, até agora, 53.573 mortos, na maioria civis, incluindo mais de 18.000 crianças, e mais de 120.000 feridos, além de cerca de 11.000 desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A situação da população daquele enclave devastado pelos bombardeamentos e ofensivas terrestres israelitas agravou-se mais ainda após mais de dois meses sem ajuda humanitária, depois de Israel ter impedido, a partir de 02 de março, a entrada em Gaza de alimentos, água, combustível, medicamentos e outras provisões necessárias à sobrevivência naquele território destruído, cuja população foi obrigada a deslocar-se várias vezes em busca de refúgio seguro, cada vez mais difícil de encontrar.

Há muito que a ONU declarou a Faixa de Gaza como estando mergulhada numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica", a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

E, no final de 2024, uma comissão especial da ONU acusou Israel de genocídio naquele território palestiniano e de estar a utilizar a fome como arma de guerra - acusação logo refutada pelo Governo israelita, mas sem apresentar quaisquer argumentos.

Após um cessar-fogo de dois meses, o Exército israelita retomou a ofensiva na Faixa de Gaza a 18 de março e apoderou-se de vastas áreas do território.

No início de maio, o Governo de Netanyahu anunciou um plano para "conquistar" Gaza, que Israel ocupou entre 1967 e 2005.

Leia Também: Gaza? Rangel reconhece que "agravamento da situação é claro"

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