Oscar Smith morreu esta quinta-feira depois de lhe ser administrada uma injeção letal, sentença que o homem, de 75 anos, 'carregava' desde 1990 - altura em que foi considerado culpado da morte da ex-mulher e dos filhos da mesma, estes últimos com 13 e 16 anos. As vítimas terão sido esfaqueadas e também alvejadas.
A imprensa norte-americana conta que Smith já era para ter sido executado em 2022, mas na altura foi colocado em causa se a substância que ia ser administrada tinha sido eficazmente testada.
Mas este foi 'apenas' um dos percalços com esta execução, dado que uma investigação recente também deu conta de que foi encontrado material genético na arma do crime que não pertencia a Smith. Não foi encontrada correspondência com outro eventual suspeito, mas, para além do mais, a justiça considerou que havia provas que Smith tinha cometido o crime em 1989.
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— Death Penalty News (@WebDPN) May 22, 2025
Segundo o tribunal, dois colegas de Smith explicaram o julgamento que o homem lhes tinha pedido para matarem a ex-mulher, Judith Smith. Para além destes testemunhos, havia também um historial de violência na relação com a mulher - uma situação que a irmã de Judy Smith, Terri Osborne, abordou, dizendo que a morte da irmã e dos sobrinhos mostravam as consequências da violência doméstica.
"Sabemos que é incrivelmente difícil deixar um cônjuge que está a cometer abuso., mas rezamos para que este caso se torne um apelo à ação, encorajando as pessoas em perigo a procurar ajuda antes que seja tarde demais", explicou Osborne.
Ainda de acordo com o tribunal, numa chamada feita para o 911 [número de emergência dos EUA] é possível ouvir um dos filhos de Judy a gritar: "Frank, não!" Frank era o nome do meio do homem, pela qual ele era tratado muitas vezes.
Apesar de a justiça indicar que Smith era o culpado, até ao último minuto o homem disse que era inocente, tecendo várias críticas a governo. "Alguém precisa de dizer aos governantes que o sistema judicial não funciona", foi ouvido a dizer, de acordo com a CBS News. Testemunhas ouviram também o homem repetir antes da execução: "Não a matei."
O estado do Tennessee está agora a retomar as execuções por injeção letal, depois de uma pausa para examinar os métodos utilizados. Também o Indiana retomou a prática, com um homem que passou 23 anos no corredor da morte.
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