"Todos os crimes cometidos contra civis, incluindo mulheres e crianças, na véspera de uma nova ronda de negociações de paz que propusemos em Istambul, visam obviamente interromper o processo negocial", disse o Presidente russo, durante uma reunião transmitida pela televisão estatal.
Estas são as primeiras declarações de Putin sobre as explosões, que ocorreram na noite de sábado para domingo nas regiões russas de Kursk e Bryansk, que fazem fronteira com a Ucrânia.
Os ataques provocaram o descarrilamento de um comboio de passageiros, um comboio de mercadorias e um comboio de controlo, matando sete pessoas e ferindo 113, incluindo crianças, segundo os investigadores.
"São obviamente atos terroristas", criticou o líder russo.
"Quem está a negociar com aqueles que estão a apostar no terrorismo?" prosseguiu Putin, referindo-se às difíceis negociações diplomáticas em curso entre Kyiv e Moscovo para encontrar uma solução para o conflito armado desencadeado pelo ataque russo em grande escala à Ucrânia em fevereiro de 2022.
Putin acusou mais uma vez "o regime de Kyiv" de ser "ilegítimo" e de se transformar gradualmente "numa organização terrorista".
O Presidente russo reiterou a posição oficial russa de que um cessar-fogo incondicional, solicitado por Kyiv, pelos seus aliados europeus e por Washington, permitiria à Ucrânia recuperar as suas forças, lembrando que as tropas ucranianas são em menor número.
"Porquê recompensá-los com uma trégua nos combates, que será utilizada para fornecer armas ocidentais ao regime, continuar a sua mobilização forçada e preparar-se para novos ataques terroristas?", interrogou Putin.
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