AM de Lisboa destaca contributo "inestimável" de Aga Khan no mundo

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira, por unanimidade, votos de pesar pela morte do príncipe Karim al Hussaini, Aga Khan IV, afirmando que a sua visão e trabalho "moldaram de forma inestimável o mundo contemporâneo".

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Lusa
11/02/2025 22:54 ‧ há 5 horas por Lusa

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Aga Khan

Os deputados municipais viabilizaram votos de MPT, PS e CDS-PP pela morte do príncipe Karim al Hussaini, 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, em 04 de fevereiro, aos 88 anos, em Lisboa.

 

No seu voto de pesar, o MPT -- Partido da Terra lembra que o príncipe Karim al Hussaini foi fundador e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), "um dos maiores projetos de desenvolvimento do mundo, que emprega 80.000 pessoas em 30 países" e reúne várias agências, instituições e programas nas áreas da saúde e educação, da arquitetura, do desenvolvimento rural, do restauro e conservação de património e de cidades históricas até à promoção do empreendedorismo.

A AKDN instalou-se em Portugal em 1983, através da Fundação Aga Khan Portugal, indica o MPT, referindo que essa instalação foi ancorada em parcerias com o Estado, a Igreja Católica, as autarquias e organizações da sociedade civil.

Também o PS realça o papel do príncipe Karim al Hussain como fundador da rede AKDN e que as atividades da Fundação Aga Khan Portugal se centram, principalmente, "na inovação, no desenvolvimento e educação, na primeira infância e no fortalecimento da sociedade civil, através da inclusão social, cultural e económica, de pessoas que vivem em comunidades negligenciadas ou carenciadas, com um foco específico na inclusão de migrantes".

O voto do CDS-PP afirma que Aga Khan IV "foi um líder espiritual, humanista e filantropo cuja visão e trabalho moldaram de forma inestimável o mundo contemporâneo, promovendo o desenvolvimento, a solidariedade e o diálogo inter-religioso".

"Portugal teve um lugar especial na sua visão e legado. Em 1983 aqui criou a Fundação Aga Khan e, em 2015, sua alteza Aga Khan escolheu Lisboa como sede mundial do 'Imamat Ismaili', estabelecendo uma relação privilegiada com o nosso país", realça o CDS-PP, considerando que "este ato simbolizou, não só um gesto de confiança nas instituições portuguesas, mas também um reforço da tradição de inclusão e hospitalidade que Portugal tem mantido ao longo da história".

Aga Khan IV, o 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, nasceu em 13 de dezembro de 1936 na Suíça, cresceu e estudou no Quénia e nos Estados Unidos, e tem ligações ao Canadá, Irão e França, além de Portugal.

Escolheu Lisboa para sede mundial da comunidade ismaelita, a "Imamat Ismaili", tornando-a uma referência para os cerca de 15 milhões de muçulmanos da minoria xiita, perto de 10 mil dos quais vivem em Portugal.

Como sucessor escolheu o seu filho mais velho, o príncipe Rahim, agora Aga Khan V.

Na sessão de hoje, a Assembleia Municipal de Lisboa também aprovou, por unanimidade, votos de pesar de PEV e PSD pela morte do músico português Renato Júnior, em 04 de fevereiro, aos 59 anos, em Lisboa, em consequência de doença súbita.

Leia Também: Líderes ismaelitas juraram fidelidade ao novo Aga Khan

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