Câmaras de videovigilância começaram a ser instaladas no Cais do Sodré

As 30 câmaras de videovigilância previstas para a zona lisboeta do Cais do Sodré começaram hoje a ser instaladas, revelou o presidente da Câmara de Lisboa, referindo que "são importantíssimas" para a segurança na cidade.

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© Facebook / Fernando Medina

Lusa
11/02/2025 18:06 ‧ há 2 horas por Lusa

País

Lisboa

"Hoje estamos a começar a montar as câmaras de videoproteção no Cais do Sodré, aquelas que são importantíssimas para a nossa segurança", afirmou Carlos Moedas (PSD), na apresentação do trabalho do executivo camarário nos últimos três meses, entre novembro e janeiro, em sede da Assembleia Municipal de Lisboa.

 

O plano de aumento do sistema de videoproteção em Lisboa prevê 30 câmaras de videovigilância no Cais do Sodré.

O presidente da câmara referiu que a instalação de videovigilância no Cais do Sodré "é uma velha reivindicação de muitos", lembrando que o próximo passo será a colocação de videoproteção no Campo das Cebolas, onde se preveem 32 equipamentos, ressalvando que esse trabalho será executado em respeito pelos locais definidos pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

Na sua intervenção, Carlos Moedas disse que a cidade de Lisboa faz da segurança "uma prioridade": "Não podemos ter nenhum estigma. Nós temos de falar da segurança em Lisboa. É normal que o presidente da câmara o faça, é normal que o façamos e é normal que cuidemos da nossa segurança, da nossa cidade".

"Sabemos bem que Lisboa é uma cidade segura e por isso é que nós temos de trabalhar na segurança, é para que continue a ser uma cidade segura", declarou.

No âmbito da discussão, a deputada independente Daniela Serralha, dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), questionou as declarações de Carlos Moedas sobre "o aumento da sensação de insegurança" quando os dados da PSP "desmentem" um acréscimo na criminalidade e criticou a falhas na iluminação pública em Lisboa.

Segundo dados divulgados em 28 de janeiro, a criminalidade geral no concelho de Lisboa diminuiu 12,6% em 2024 em relação a 2023, enquanto a criminalidade violenta e grave desceu 10,41%. A propósito dos dados da PSP, o Diário de Notícias noticiou que a criminalidade na capital portuguesa regista a segunda maior descida em 10 anos, tendo só sido superados em 2020 e 2021, anos da pandemia covid-19.

Em reação a esses números, em 28 de janeiro, o presidente da Câmara de Lisboa defendeu que os crimes na cidade têm sido cometidos com maior violência.

Duas semanas depois, Carlos Moedas afirma: "Se os números da segurança se verificarem, obviamente que eu sou o primeiro e todos aqui a ficarmos muito satisfeitos, mas os números têm de ser olhados com cuidado, ou seja, nós não podemos olhar para uma descida num determinado valor em média sem olhar para aquilo que está dentro desse número, ou seja, o que é que realmente desceu na segurança".

Na assembleia municipal, o autarca do PSD refere que não teve acesso aos números da PSP, mas do que teve conhecimento "aquilo que baixou na segurança foram os chamados crimes proativos", quando a polícia no primeiro semestre de 2024 estava em greve.

"Não podemos olhar para os números sem olhar para o detalhe dos números, porque senão aí é que estamos a criar perceções, estamos a criar perceções através dos números e isso é perigoso", defende Carlos Moedas, referindo que a profissão do presidente da câmara é estar preocupado, incluindo com a segurança conforme "os relatos" que ouve.

Atualmente, Lisboa dispõe de 34 câmaras de videovigilância na cidade - 27 no Bairro Alto desde 2014 e sete na zona do Miradouro de Santa Catarina -, de acordo com dados do município. Dados anteriores apontavam para um total de 33, mas foi acrescentada uma câmara de videovigilância no Bairro Alto.

Neste momento, está em curso a primeira fase do plano de aumento do sistema de videoproteção em Lisboa, em que se prevê um total de 99 câmaras de videovigilância em quatro locais, nomeadamente Cais do Sodré (30), Campo das Cebolas (32), Restauradores (17) e Ribeira das Naus (20), que deverão estar em funcionamento até ao final de agosto deste ano.

Segundo o município, a segunda fase deste plano inclui 117 câmaras de videovigilância "em 11 locais diferentes", nomeadamente na Praça do Comércio, Cais das Colunas, Praça D. Pedro IV, Praça da Figueira, Rua Augusta, Rua do Ouro, Rua da Prata, Rua do Comércio, Rua dos Fanqueiros, Santa Apolónia - Rua Caminhos de Ferro e ainda Santa Apolónia - Avenida Infante D. Henrique.

Leia Também: Câmara de Lisboa vai implementar sistema de reutilização de copos

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