Além de António Anselmo, pronunciado por cinco crimes de homicídio por omissão, também foram inocentados outros cinco arguidos, nomeadamente o vice-presidente do município, Joaquim Espanhol, os funcionários da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) Bernardino Piteira e José Pereira, a empresa exploradora da pedreira e o responsável técnico Paulo Alves.
"Eu, naturalmente, estou feliz, estou contente, mas, acima de tudo, confio na justiça. Confiarei sempre na justiça. E aquilo que aqui foi feito hoje foi justiça", disse o autarca, à saída do Tribunal.
António Anselmo afirmou que continua a confiar na justiça, independentemente de haver algum recurso da decisão conhecida hoje, porque está tranquilo.
"Continuo a lamentar a morte de cinco pessoas. Isso ninguém paga", disse ainda, sublinhando que os últimos seis anos "foram complicados", em termos pessoais, mas agora a sua família pode "estar descansada".
Na tarde de 19 de novembro de 2018, um troço de cerca de 100 metros da Estrada Municipal (EM) 255, entre Borba e Vila Viçosa, ruiu devido ao deslizamento de um grande volume de rochas, blocos de mármore e terra para o interior de duas pedreiras.
O acidente causou a morte de dois operários de uma empresa de extração de mármore na pedreira que estava ativa e de outros três homens, ocupantes de duas viaturas que seguiam no troço de estrada colapsada e que caíram para o plano de água da pedreira sem atividade.
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