A portuguesa que morreu em São Tomé e Príncipe, no fim de semana, na sequência do despiste de uma viatura durante uma excursão turística no sul do arquipélago, era vice-presidente da Associação Empresaria do concelho de Santa Maria da Feira (AEF) e estava ligada a vários projetos de voluntariado e trabalho social.
Maria do Céu Resende Nunes da Silva era natural de Arrifana, Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, e tinha 54 anos.
Segundo o Diário de Aveiro, a mulher estava ligada à área da Contabilidade, como gerente da empresa MCN - Contabilidade e Consultoria. Além disso, dedicava-se também ao voluntariado e em 2017 fundou a associação Por + Sorrisos: Portugal - Cabo Verde.
No domingo, a AEF divulgou uma nota de pesar a lamentar a morte daquela que era a sua vice-presidente.
"A AEF encontra-se em estado de choque e manifesta a sua profunda solidariedade à família e amigos, a quem endereça os mais sentidos pêsames. A Céu foi um verdadeiro pilar da nossa Associação nos últimos três anos", lê-se.
"O seu desaparecimento, de forma tão trágica e inesperada, deixa um vazio imenso. Ficará para sempre nos nossos corações, e continuaremos a trabalhar com dedicação, honrando a sua memória e o compromisso que tinha para com os nossos Associados e o tecido empresarial", acrescentava a mesma nota.
Recorde-se que a morte aconteceu no sábado, na sequência do despiste de uma viatura durante uma excursão turística no sul do arquipélago, que provocou ainda três feridos, conforme confirmaram à Lusa fontes hospitalares e dos bombeiros.
Segundo as mesmas fontes, o acidente ocorreu durante a manhã, na localidade de Ponta Baleia, quando um grupo de oito turistas regressava do extremo sul de São Tomé, em duas viaturas, e um dos veículos capotou.
No mesmo dia, a página da Internet da Presidência da República referia que o chefe de Estado português "está a acompanhar a situação dos cidadãos nacionais, vítimas de acidente durante uma excursão turística em São Tomé e Príncipe" e indicava que Marcelo tinha falado "telefonicamente" com a família da vítima.
Já no domingo à tarde, a Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe disse estar a fazer as diligências necessárias para que sejam emitidos "o mais rapidamente possível" os documentos exigidos para o envio do corpo da portuguesa que morreu naquele país.
"A Embaixada está a acompanhar tudo de perto e junto do Hospital Central de São Tomé", disse à agência Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.
De acordo com a mesma fonte, a certidão de óbito já foi passada e estão agora a decorrer diligências com as autoridades policiais para que emitam os relatórios necessários, "para que o Ministério Público autorize a saída do corpo".
A trasladação está "nas mãos da seguradora", indicou.
Quanto aos três feridos no mesmo acidente, a paciente que inspirava mais cuidados está "a evoluir favoravelmente". Os outros dois feridos receberam alta médica.
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