Os resultados da operação, que foi batizada de 'Mergulhão', foram divulgados durante uma conferência de imprensa pelo Comandante Regional da Polícia Marítima do Norte, Rui Lampreia.
"Conseguimos recuperar três equipamentos de mergulho completos, o que já é bastante significativo, juntamente com cerca de 15 quilos de amêijoa que também foi apreendida", disse o comandante, referindo que pelas 17h30 ainda estavam a decorrer buscas para recuperar mais equipamentos que terão sido abandonados pelos mergulhadores debaixo de água.
Rui Lampreia destacou o impacto que esta operação teve numa atividade ilegal e desregulada que se desenvolve em toda a extensão da ria de Aveiro, referindo que se tratou de uma demonstração de força da Polícia Marítima para tentar contrariar uma tendência que tem vindo a crescer nos últimos anos.
"A grande dissuasão que resulta desta operação é a apreensão dos equipamentos de mergulho autónomo. Portanto, os equipamentos de mergulho são extremamente caros. E aí é onde nós poderemos causar mais impacto na atividade, é através da apreensão desses equipamentos", observou.
O comandante realçou ainda que a operação decorreu dentro da normalidade e sem incidentes, apesar de ser uma operação complexa, porque envolve mergulhadores, com embarcações à superfície, adiantando que o objetivo é incrementar a atividade de fiscalização na ria.
No total, de acordo com os dados da Polícia Marítima, foram fiscalizadas seis embarcações de recreio, tendo sido identificadas cerca de 20 pessoas suspeitas desta atividade, que serão alvo de contraordenações.
A operação mobilizou 96 elementos da Polícia Marítima e das Unidades Especiais de Polícia, dos comandos do Algarve, Centro e Norte, para além de seis embarcações, 20 viaturas e quatro drones.
Leia Também: GNR apreende mais de uma tonelada de amêijoa-japonesa no Barreiro