A Comarca de Lisboa indeferiu o pedido de Luís Montenegro para a retirada dos cartazes do Chega, que o comparam a José Sócrates, avança a SIC Notícias.
De acordo com este canal de televisão, o tribunal recusou a providência cautelar do primeiro-ministro por estar em causa o "direito à liberdade de expressão".
Em reação à decisão do tribunal, André Ventura disse, a partir de Viana do Castelo, onde se encontra numa ação de campanha, que se trata de uma "vitória" para o Chega e saudou a "coragem" da Justiça.
"O Tribunal deu uma vitória ao Chega hoje em relação aquilo que tinha sido a pretenção do primeiro-ministro de retirar os cartazes do Chega, de silenciar o Chega, de retirar a nossa liberdade de expressão. E eu queria saúdar a coragem da decisão da Justiça porque hoje foi defendida a liberdade de expressão. Foi defendida a luta contra a corrupção", atirou.
Já Luís Montenegro lamentou a decisão do tribunal, a partir de Porto de Mós. "Lamento a decisão, mas tenho de respeitar. Sabíamos que estava em causa por um lado a ofensa pessoal que me era dirigida e por outro o exercício, é verdade, de uma ação política - do meu ponto de vista que exorbita a liberdade de expressão e sem convivência entre a opinião, mas o tribunal não entendeu assim", notou.
Recorde-se que Luís Montenegro interpôs uma providência cautelar contra o Chega e André Ventura devido aos cartazes do partido que o associam ao antigo primeiro-ministro José Sócrates, arguido no processo Marquês.
O primeiro-ministro considerou o cartaz "vergonhoso" e difamatório. Em causa, refere, está o facto de ser colocado ao lado de Sócrates, antigo governante que está "há dez anos envolvido num processo" de corrupção.
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