Num vídeo publicado nas redes sociais do PAN, o maestro Victorino D'Almeida salienta o trabalho do partido na defesa do direito dos animais e a responsabilidade que assume "na mais terrível de todas as guerras", a guerra contra a natureza.
"A missão de um partido como o PAN, para mim, e foi aquilo que sempre me levou a festejar a notícia de que o PAN existia, foi quando ouvi dizer que havia um partido que se interessava pelas pessoas, não por aquilo que as pessoas custam, pelos animais, não por aquilo que os animais também custam, e pela natureza", refere o maestro e compositor no mesmo vídeo.
Victorino D'Almeida defende ainda que "guerra à natureza é a guerra mais perdida de todas elas", acrescentando que "o Liechtenstein ganha mais facilmente uma guerra à Rússia do que a humanidade ganha uma guerra contra a natureza".
"Apoio integralmente, portanto, esse PAN que assume as responsabilidades da mais terrível de todas as guerras. Porque fazer guerra contra a natureza é a coisa mais estúpida que existe", defende o maestro.
Para o maestro, "é muito bom que o PAN simbolicamente seja um partido das pessoas, dos animais e da natureza" e essas características fazem "diferenciar totalmente o PAN dos partidos do poder".
Num comunicado enviado pelo partido à agência Lusa, o maestro Victorino D'Almeida diz ter entrado numa idade em que o que sempre encarou "como prova de bom senso elementar" começa a ser apontado como uma "manifestação taralhouca", acrescentando que vê as sociedades atuais como "algo de muito feio".
No mesmo texto, o pianista enaltece os animais, referindo que desconhece "qualquer espécie animal que se tenha auto-exterminado", e a natureza, salientando as suas "qualidades de trabalho e de criatividade absolutamente transcendentais" na sua regeneração perante catástrofes.
O maestro salienta que as pessoas, os animais e a natureza são "os três mosqueteiros de um pequeno partido que luta por não ser liminar e democraticamente extinto" e lamenta que essas três questões sejam vistas como secundárias e uma prioridade para "quando tudo o que é encarado como verdadeiramente importante estiver resolvido".
"Mas será talvez aqui que os eleitores poderão atentar na verdadeira importância de tudo aquilo que tenha que ver com a natureza, com os animais e, naturalmente, com elas próprias, incluindo-se nesses pensamentos alguns dos seus direitos mais fundamentais", acrescenta Victorino, que garante que o seu voto será "naquele pequeno partido para quem 'l'important' (o importante) são as pessoas, os animais - e a natureza".
A ligação do maestro Victorino D'Almeida à política remonta a 1989 quando foi cabeça de lista do partido de esquerda Movimento Democrático Português / Comissão Democrática Eleitoral (MDP/CDE) às eleições para o parlamento europeu, mas não conseguiu ser eleito.
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