O deputado do Livre Paulo Muacho criticou, esta terça-feira, o Chega por ter participado nas cerimónias de tomada de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, acusando o partido de "prestar vassalagem a um violador".
"Os políticos de extrema-direita, sempre tão preocupados com a criminalidade, são os primeiros a correr para Washington para prestar vassalagem a um condenado e violador. Tudo gente de bem", escreveu Paulo Muacho no X (ex-Twitter).
Perante os jornalistas portugueses na capital norte-americana, na segunda-feira, o presidente do Chega, André Ventura, defendeu o fim da "ideologia de género", ao enaltecer a ordem executiva anunciada pelo novo presidente dos Estados Unidos de "reconhecer" apenas "dois géneros" e disse ter visto um alinhamento do magnata republicano "com a Direita europeia", que luta "para que a ideologia de género seja varrida das escolas".
Os políticos de extrema-direita, sempre tão preocupados com a criminalidade, são os primeiros a correr para Washington para prestar vassalagem a um condenado e violador.
— Paulo Muacho (@paulovmuacho) January 21, 2025
Tudo gente de bem.
André Ventura integrou a comitiva dos Patriotas pela Europa, de extrema-direita, o terceiro maior grupo político do Parlamento Europeu, que esteve presente na tomada de posse.
Apesar de concordar com várias das medidas prometidas por Trump, Ventura garantiu que discorda do perdão concedido pelo republicano aos invasores do Capitólio, que levaram a cabo um violento ataque a 6 de janeiro de 2021, com o objetivo de travar a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden. Segundo o presidente do Chega, a violência e o ataque às instituições são "o limite".
Quatro pessoas morreram no ataque ao Capitólio e mais de 140 agentes policiais ficaram feridos.
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