"Rafeira". Políticos reagem a caso de deputado do Chega (e visam Ventura)

Rui Rio falou numa "atividade rafeira", enquanto Rui Rocha disse que se "tivesse o discurso do Chega, dizia encostem-no à parede". Eis o que já se disse sobre o caso que envolve o deputado do Chega Miguel Arruda.

Notícia

© Reprodução Facebook Miguel Taveira Arruda

Notícias ao Minuto
21/01/2025 23:18 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Política

Chega

O deputado do Chega Miguel Arruda foi esta terça-feira alvo de buscas por suspeitas de furtar malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada. Após ser conhecida a notícia, já surgiram algumas reações de figuras políticas, mas o principal visado foi o Chega e André Ventura, com muitos a questionar a sua resposta, tendo em conta o que "fez em todos os outros casos". 

 

Ainda antes de André Ventura se vir pronunciar, dizendo que vai exigir explicações ao deputado e tirar consequências, já Rui Rio, antigo líder do PSD, recorria à rede social X para reagir ao caso. 

"Será que neste caso surrealista, em que se suspeita de uma atividade rafeira de um deputado da nação, o seu partido vai invocar a presunção de inocência? Ou vai fazer como sempre fez em todos os outros casos e condenar desde já o suspeito, clamando pelo fim da bandidagem?", escreveu. 

A socialista Isabel Moreira aproveitou a publicação de Rui Rio e compartilhou-a. "É respeitar a presunção de inocência e não pedir para encostar o suspeito à parede, como fariam se fosse um imigrante de determinada origem, porque não somos como eles", escreveu a deputada.

Já o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, apontou que a "a justiça tem que valer para todos". 

"Se eu tivesse o discurso do Chega, dizia encostem-no à parede, mas o que digo é que a justiça deve fazer o seu trabalho, deve investigar, e, se houver motivos, deve ser julgado por isso e, em virtude da gravidade dos factos, ser condenado", acrescentou o liberal, em declarações aos jornalistas à entrada para uma reunião com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC), em Évora. 

Por sua vez, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, afirmou que a imunidade do deputado deve ser levantada "até para que se possa vir a defender".

"Há um tempo para tudo, é o tempo da Justiça, é o tempo de ouvirmos na Comissão da Transparência dos Estatutos Deputados o próprio deputado, naquilo que queiram ser os esclarecimentos que queira dar a esta Assembleia da República. Como tal, esse será um caso para ser avaliado evidentemente em sede própria, que é o da Justiça", disse aos jornalistas, no Parlamento. 

Já Rui Tavares, líder do Livre, também recorreu às redes sociais para abordar o tema, mas com 'humor' à mistura.

O que está em causa?

Recorde-se que o Público avançou hoje que o deputado do Chega Miguel Arruda foi alvo de buscas nas suas residências nos Açores e em Lisboa, por suspeita de furto qualificado.  Segundo o diário, durante vários meses, o deputado terá furtado malas dos tapetes de bagagens nas zonas de chegada dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada. Os furtos ocorriam quando viajava de e para os Açores, no início e no final da semana de trabalhos parlamentares.

As buscas foram levadas a cabo pela Polícia de Segurança Pública (PSP), que confirmou à Lusa que estas foram realizadas pela investigação criminal do Comando Metropolitano de Lisboa no âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.

A PSP refere que a investigação não está relacionada com as funções que Miguel Arruda exerce enquanto deputado na Assembleia da República e confirmou que em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. 

A PSP indicou ainda que o deputado do Chega não foi detido, sendo necessário o levantamento da imunidade parlamentar. 

O que disse Ventura?

Algumas horas depois, o presidente do Chega, André Ventura, disse  ter recebido com "enorme estupefação" a notícia, revelando que agendou uma "reunião de emergência" com o próprio para "saber o que está em causa". Se explicação de Miguel Arruda "não for satisfatória o suficiente", Ventura assegurou que o mandato do deputado "não tem condições de continuar a ser exercido".

"Estupefação". Ventura terá "reunião de emergência" com deputado suspeito

Se explicação de Miguel Arruda "não for satisfatória o suficiente", Ventura diz que mandato do deputado "não tem condições de continuar a ser exercido".

Notícias ao Minuto | 19:18 - 21/01/2025

Leia Também: Deputado do Chega alvo de buscas. Há suspeitas de furto qualificado

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas