O XXVI Congresso Nacional da JP vai decorrer entre sábado e domingo no Pavilhão Municipal da Costa da Caparica, no concelho de Almada, e vai contar com mais de 300 delegados.
Nestes dois dias, os jovens centristas vão escolher uma das três moções de estratégia global apresentadas - 'Do Dizer ao Fazer', apresentada por Catarina Marinho; 'O Motivo é Portugal', de Enide Menezes; e 'Por Uma Juventude Popular Popular', cujo primeiro subscritor é Jorge Costa Braga - e eleger os novos órgãos nacionais, entre os quais a Comissão Política Nacional.
De acordo com a informação divulgada pela estrutura, são duas as candidatas à liderança da JP para o próximo mandato de dois anos, uma vez que Jorge Costa Braga indicou que não vai entrar nesta corrida.
Catarina Marinho (26 anos, militante há 13) ou Enide Menezes (23 anos, militante há nove), uma delas vai tornar-se na primeira presidente da JP, uma juventude partidária com 50 anos de história. Ambas integram a atual direção, Catarina é vice-presidente e Enide secretária-geral adjunta.
A próxima presidente da JP vai suceder a Francisco Camacho, eleito pela primeira vez em março de 2021 e que cumpriu dois mandatos à frente desta juventude partidária. O líder cessante vai dirigir-se ao congresso na manhã de sábado.
Em declarações à Lusa, ambas as candidatas congratulam-se com o facto de ser pela primeira vez uma mulher a comandar os destinos da JP, mas colocam o foco no mérito, competência e no trabalho desenvolvido que as trouxe até aqui.
Enide Menezes afirmou que a sua candidatura "vem das bases, com as bases e para as bases" e elegeu como bandeiras temas como a imigração, cultura e identidade, o combate ao "'wokismo' e ao populismo", economia e empreendedorismo, agricultura ou educação.
A candidata salientou que a JP "é independente", tem as "suas convicções e o seu programa" e deve defendê-lo, mesmo se não estiver totalmente alinhado com o Governo, que o CDS-PP integra.
"Nós queremos representar a nossa geração e temos a certeza que o nosso partido nos vai representar muito bem no Governo, temos uma ótima relação com o nosso grupo parlamentar que vai receber as nossas propostas e pensar juntamente connosco, mas óbvio que é preto no branco, que a JP vai ter sempre a sua posição independentemente de qualquer outra", afirmou.
Já Catarina Marinho, considerou que os jovens precisam de respostas principalmente ao nível da educação, independência, família ou habitação.
A nível interno, quer "melhorar a organização, a forma como os órgãos nacionais trabalham e comunicam com as estruturas locais", dar mais formação, aproximar as várias estruturas da JP e mostrar que os centristas são "os mais responsáveis dentro do círculo político atual".
No que toca à relação com o CDS-PP, a candidata a líder defendeu que a juventude pode contribuir positivamente ao "desafiar aquilo que o partido faz e a forma como pensa", uma vez que os jovens têm "prioridades, visões e formas de trabalhar completamente diferentes".
De acordo com o programa disponibilizado pela JP, a abertura do XXVI Congresso Nacional vai contar com a participação da eurodeputada Ana Miguel Pedro. Durante o dia serão apresentadas e discutidas as moções de estratégia global e também as duas moções setoriais, intituladas 'Valorização dos bombeiros sapadores' e 'Literacia europeia'.
No domingo serão eleitos os novos órgãos nacionais - Comissão Política Nacional, Conselho Nacional, Conselho de Fiscalização e Jurisdição e a Comissão de Disciplina.
O presidente do partido, Nuno Melo, encerra os trabalhos com uma mensagem de vídeo gravada.
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