O porta-voz da candidatura do PS às eleições legislativas, Marcos Perestrello, acusa o PSD de estar a fazer uma "manobra de diversão para desviar a atenção do essencial" no caso dos clientes da Spinumviva, a empresa familiar de Luís Montenegro.
"Para o PSD parece haver um problema no facto de a lista dos clientes de Montenegro ter sido tornada pública, mas não vê problema no facto de essa lista ter estado escondida durante um ano. É um padrão de opacidade, falta de transparência. Escondeu a lista das empresas como tinha escondido as cotnas bancárias. O que interessa saber sobre as empresas é quando foram feitos os contratos e a explicação para, no ultimo ano, algumas terem tido picos de faturação ao Estado em negócios que atingiram quase os 100 milhões de euros", afirmou Marcos Perestrello.
O socialista considera que "é precisa uma explicação" para o facto de o concurso da concessão de jogo, atualmente atribuída à Solverde, ainda não ter sido lançado conforme foi recomendado pelo Turismo de Portugal.
"Recomendavam que o concurso tivesse sido em outubro de 2024, há mais de seis meses. Merecia uma explicação do primeiro-ministro e do PSD e não uma manobra para nos distrair do que é essencial", sublinhou o porta-voz da candidatura do PS.
Além disso, confirmou que o PS "não divulgou essa informação" sobre os clientes da Spinumviva à comunicação social.
"Mas acrescento que isso, do nosso ponto de vista, não é essencial. Esta informação é, por natureza, tornada pública, a menos que o primeiro-ministro tenha feito esse pedido", esclareceu.
Desafiado a comentar o facto de Luís Montenegro ter cantado com Tony Carreira, esta quinta-feira, nos jardins do Palácio de São Bento, Marcos Perestrello disse apenas que se trata de "mais uma ação de campanha a que o Governo se dedica, substituindo-se ao PSD".
"O primeiro-ministro, imediatamente a seguir, foi para outra ação de campanha para a Ovibeja. É um Governo em campanha. Nós precisávamos de um PSD em campanha", rematou Marcos Perestrello.
[Notícia atualizada às 17h55]
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