Os quatro líderes partidários juntaram-se às milhares de pessoas que hoje à tarde marcaram presença na manifestação organizada pela CGTP-IN para assinalar o Dia de Trabalhador, num desfile que começou no Martim Moniz e terminou na Alameda D. Afonso Henriques.
"Temos muito caminho para andar nos direitos laborais, à medida que o tempo passa vamos encontrando salários mais baixos, mais precários, mais situações de trabalho sem direitos e sem condições", disse aos jornalistas a coordenadora do BE.
Mariana Mortágua considerou que um país e uma economia é melhor se "for capaz de respeitar quem trabalha", nomeadamente quem trabalha por turnos, os trabalhadores precários ou os trabalhadores informais.
Também o secretário-geral do PCP destacou a importância de participar na manifestação do 1.º de Maio para dar força e lutar pelos direitos dos trabalhadores por "uma vida melhor, mais salários, mais pensões, menos precariedade e direito à habitação e saúde".
"Esta gente que produz a riqueza tem direito a uma vida melhor. É preciso continuar a lutar", disse Paulo Raimundo.
O líder dos comunistas lamentou que o debate de quarta-feira entre o primeiro-ministro e líder da AD -- coligação PSD/CDS-PP e o secretário-geral do PS tenha deixado de fora tudo aquilo que os trabalhadores exigem, tendo passado "ao lado da realidade da vida".
Para o porta-voz do Livre, "o 1.º de Maio é passado, presente e futuro".
"É passado porque tem muito tempo e vem de 1886 e é de todo o mundo. É presente porque o Livre acredita que um trabalhador está sempre mais protegido se estiver sindicalizado", disse aos jornalistas Rui Tavares, destacando a força dos sindicatos.
O porta-voz do Livre manifestou solidariedade para com os trabalhadores da Medialivre, 10 deles fotojornalistas, que estão em ameaça de despedimento.
"Sentimo-nos muito bem no 1.º de Maio, é um dia comemorado em todo o mundo que tem uma carga identitária muito forte, que reúne muita gente há muito tempo e que nos transporta para o futuro que tem de ser de solidariedade", afirmou.
Por sua vez a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, sublinhou que não pode ser esquecido que se continua "a ter uma grande precariedade no país" com o custo de vida a aumentar e dificuldades no acesso à habitação, saúde e educação.
"Tudo isso passa pelas condições laborais aos trabalhadores do país, por isso é que o PAN tem defendido um plano nacional que aposte na economia verde", frisou, defendendo o aumento do ordenado mínimo em mais de 1.030 euros e do ordenado médio para que "as famílias e a classe média não continue a empobrecer".
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