"Nós estamos nesta fase que é dialogar com os portugueses, tentarmos ter o melhor resultado possível que depois nos permita dialogar com os grupos parlamentares que estão representados no parlamento para encontrarmos uma situação de estabilidade política em Portugal e não termos num primeiro-ministro o foco de instabilidade e de eleições porque foi isso que aconteceu nos últimos dois meses", respondeu Pedro Nuno Santos aos jornalistas no final de uma visita às oficinas da CP, no Entroncamento.
O secretário-geral do PS recordou o seu trabalho como secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares durante o período da Geringonça e considerou que então demonstrou capacidade de "dialogar com outras forças políticas e construir soluções" que permitam dar estabilidade.
"Eu já dei provas de que consigo fazer isso e farei isso depois do dia 18 de maio. Sendo que eu nunca serei, pessoalmente, um fator de instabilidade política em Portugal. Serei mesmo um fator de estabilidade política em Portugal", prometeu.
Pedro Nuno Santos fez questão de sublinhar a sua experiência no período da geringonça.
"Aquilo que sabem de mim é que, nos primeiros quatro anos dos governos liderados por António Costa, fui eu que estive no centro das negociações com quatro partidos para assegurar a viabilização de quatro orçamentos. E essa é uma experiência que eu tenho e que obviamente é também importante para o amanhã", defendeu.
O secretário-geral do PS disse ter "capacidade de diálogo" para a construir "uma solução estável".
"O que nós sabemos é que nós não vamos ter estabilidade nem paz com um governo liderado por Luís Montenegro. E nós não precisamos de adivinhar. Nós já vivemos estes últimos dois meses", criticou.
Para Pedro Nuno Santos, não se pode "ter nem mais um dia como os últimos dois meses" houve em Portugal.
"Não há nenhum ato eleitoral que resolva ou feche o capítulo que foi aberto por Luís Montenegro há dois meses", avisou.
Para "fechar de uma vez aquilo que aconteceu nesses últimos dois meses e seguir em frente" e encontrar "paz e estabilidade" só acontece se houver uma "vitória do PS" nas legislativas antecipadas, segundo o líder socialista.
"Porque senão, com uma liderança de Luís Montenegro, continuaremos depois do 18 de maio como estivemos nos últimos dois meses. Isso é absolutamente insustentável para o nosso país", enfatizou.
Foi o PS, segundo Pedro Nuno Santos, que garantiu condições de governabilidade no último ano.
"Não foi mais ninguém, não foi a Iniciativa Liberal. Foi o Partido Socialista que garantiu essas condições de governabilidade. Aquilo que vos posso dizer é que com a experiência que tenho de diálogo, de construção de pontes, também vou assegurar que nós tenhamos um governo com estabilidade. Aquilo que sabemos é que com o Luís Montenegro, essa estabilidade nunca existirá", sintetizou.
[Notícia atualizada às 18h24]
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