"Eu acho que quando chegar ao dia 18, no seu momento de ir votar, o doutor Pedro Passos Coelho irá dizer 'em quem é que eu vou votar e que melhor representa aquilo que eu digo'? O Chega e o dr. André Ventura", afirmou.
O líder do Chega considerou que "todas as intervenções do dr. Pedro Passos Coelho até hoje foram no sentido de mostrar que a linha política que o Chega estava a seguir era a linha certa na família, na integração, na imigração, nas questões de ideologia de género, na segurança" e disse ficar convencido de que ele "vai votar no Chega nestas eleições".
No terceiro dia da campanha para as eleições legislativas, dedicado ao distrito do Porto, André Ventura visitou o mercado do Bolhão e fez a tradicional arruada na Rua de Santa Catarina.
Em declarações aos jornalistas no arranque desta ação de campanha, o líder do Chega foi instado a comentar as palavras do antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho que, à entrada para o almoço de aniversário do PSD, pediu que o partido continue a sua "tradição reformista" e que o país "não se alheie" do que se passa no mundo.
André Ventura disse concordar com o antigo líder social-democrata que "é preciso mesmo um espírito reformista", e acusou o atual presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, de "governar como o PS governa".
"Nós temos que ter coragem na segurança, na saúde, na luta contra a corrupção, na imigração, de fazer mesmo reformas e não aparências de reformas", argumentou.
O líder do Chega classificou-se também como o original, e Luís Montenegro como a cópia, e defendeu que "quando as pessoas têm de escolher entre o original e a cópia, escolhem sempre o original", porque "as cópias geralmente são contrafeitas, malfeitas e são farsolas, também geralmente são ilegais".
"Eu acho que nestas eleições há o original, que sempre disse que vai controlar a imigração, lutar contra a corrupção, fazer na educação as reformas que é preciso, e há a cópia, que lembrou-se agora há dois dias, ou três, para afastar o assunto da Spinumviva, que é preciso controlar a imigração, lutar contra a corrupção e fazer pela educação", continuou.
Ventura considerou também que o antigo primeiro-ministro entre 2011 e 2015 "tem feito um esforço dentro do PSD para mostrar ao seu presidente e aos seus dirigentes que estão a ir pelo caminho errado".
"Pedro Passos Coelho até tem alertado para isto de forma mais ou menos pública, que o PSD errou no caminho que seguiu. E agora chega perto das eleições, vê que provavelmente o Chega está em crescimento, que está com um apoio popular enorme, e opta por copiar. Se copiar para melhorar o país, isso não é mau, porque nós preferimos que o país melhore, mas entre o original e a cópia, as pessoas geralmente querem sempre o original, e o original é o Chega", salientou.
André Ventura considerou ainda que apenas o voto no Chega garante estabilidade.
"Neste momento só há um único partido que pode garantir essa estabilidade, porquê? Porque se o Chega vencer à direita as eleições, a liderança do PSD vai mudar. E isso significa que podemos ter uma maioria histórica à direita para governar Portugal", afirmou, sustentando que "todos os outros cenários são de instabilidade".
"Nós já tivemos um Governo da AD no último ano, deu estabilidade? Não. Nós tivemos um Governo do PS com maioria absoluta que caiu por causa de corrupção, houve estabilidade? Não", acrescentou.
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