Rosas apela ao "voto útil" no BE e critica "monopólio rotativo" de PS e PSD

O histórico bloquista e cabeça de lista por Leiria, Fernando Rosas, apelou hoje ao "voto útil" no BE e deixou críticas ao "monopólio rotativo de PS e PSD" no poder, partidos que não resolvem os "problemas mais prementes" do país.

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Lusa
07/05/2025 23:59 ‧ ontem por Lusa

Política

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"Votar útil não pode ser perpetuar na governança do país o monopólio rotativo do PS e do PSD. Esse é o caminho da não resolução dos problemas mais prementes que inquietam a população desde a habitação à desigualdade, à saúde, aos baixos salários", argumentou Fernando Rosas, num comício no Instituto Português da Juventude de Leiria.

 

Para sustentar a sua tese, o histórico bloquista, que regressa às listas do partido mais de uma década depois, começou por deixar lançar uma questão: "Acaso a maioria absoluta do PS resolveu ou começou sequer a resolver o drama da falta de casas e das rendas inacessíveis para os cidadãos comuns? Ou da falta de médicos, enfermeiros, trabalhadores da saúde? Ou das urgências encerradas? Ou da destruição do Serviço Nacional de Saúde por parte da ofensiva privatista que aí vai? Não resolveu, e esse foi, aliás, o seu imperdoável falhanço", criticou.

Rosas também não perdoou ao Governo do PSD, que piorou essas "situações aflitivas" e "fingiu resolvê-las pela mercantilização e a privatização dos serviços públicos essenciais", que gerou "rédea solta à especulação com os preços e rendas de casa e a saúde submetida ao lucro do negócio privado".

"Devemos dizê-lo sem ambiguidades. A falência desse rotativismo sem alternância que geriu o capitalismo neoliberal está na origem da crise do sistema democrático e da insegurança, do medo e da zanga que ele espalha e é o alimento da extrema-direita neofascista, trauliteira e obscurantista que os manipula sem escrúpulos", advogou.

Para o histórico bloquista, "em Portugal, nos Estados Unidos de Trump ou por essa Europa fora, votar útil é romper com esse ciclo vicioso pela esquerda, pelos direitos do povo unido, pelos valores de abril, é votar Bloco, é mudar de vida".

Rosas apontou ainda aos deputados de PSD, PS e Chega atualmente eleitos pelo distrito de Leiria, que "podem ser os arautos mais ou menos palavrosos e sempre muito obsequiosos das causas dos empresários abastados, dos especuladores fundiários, do desvario extrativista, dos caciques, dos velhos e dos novos fascistas, mas não são, seguramente, porta-vozes de quem produz com vida dura e sacrifício a prosperidade e a riqueza deste distrito".

O antigo deputado, que se propõe a regressar à vida parlamentar que deixou em 2010, assegurou que o BE é "uma esquerda que não desiste, que rema contra a corrente, que não tem medo das dificuldades".

"Uma esquerda que sempre ousou lutar e que por isso, creio em mim, ousará vencer", rematou.

Rosas distanciou o seu partido de outras forças políticas do mesmo quadrante, afirmando que o BE não é "a esquerda de que a direita gosta" nem a esquerda que "fala de paz mas defende as armas", no que pareceu ser uma referência ao Livre.

Numa intervenção de cerca de 15 minutos nem o potencial candidato à Presidência da República Henrique Gouveia e Melo escapou à mira do historiador.

"Aí temos um dos candidatos a Presidente da República mais em moda a dizer que sim senhor vem o serviço militar obrigatório e é preciso cortar nos serviços sociais, é preciso cortar nos salários, é preciso cortar nas pensões. Ele ao menos não esconde. É bom sabermos já para as eleições presidenciais do que é que contamos pela frente", afirmou.

Rosas, que chegou a estar preso no Forte de Peniche, em Leiria, durante o regime de Salazar, enalteceu a luta dos trabalhadores da Marinha Grande contra a ditadura e o fascismo, numa altura em que se pensava que "ele não voltava" e deixou ainda um alerta sobre o "impune desastre ambiental" em curso nas explorações de caulinos (minérios) no concelho de Pombal.

Leia Também: Pedro Nuno faz alerta e apelo: "Que ninguém disperse o voto"

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