"A IL aqui em Viseu tem muito espaço para crescer. Não estamos aqui para combater ninguém, estamos aqui para conquistar o nosso espaço. As propostas da IL podem ter eco nas gentes de Viseu, cada vez mais", defendeu João Antas de Barros.
O dirigente liberal pelo círculo eleitoral de Viseu falava à agência Lusa a propósito das declarações do cabeça de lista da Aliança Democrática (AD), o ministro António Leitão Amaro, este domingo, em Viseu, aquando da passagem de Luís Montenegro pelo distrito.
Num comício no Pavilhão Multiusos de Viseu, Leitão Amaro preferiu concentrar a sua intervenção nos partidos da direita, sobretudo no Chega, mas também com alertas sobre a Iniciativa Liberal, partido que já admitiu entendimentos pós-eleitorais com a AD.
"Por bem intencionados que sejam, nós podemos dizer, por exemplo, aqui em Viseu, que votar na IL é voto desperdiçado, não concorre para uma maioria maior. E, já agora, mesmo [a nível] nacional retira força ao primeiro-ministro que hoje temos e que vamos continuar a ter para o futuro", afirmou.
João Antas de Barros acusou a AD de "optar por uma retórica de desvalorização dos adversários" e preferir o "malabarismo político de dizer às pessoas o que devem ou não fazer com o seu voto", em vez de apresentar soluções e "elucidar os portugueses com as ideias" que a AD propõe.
"É um belíssimo sinal do receio do espírito reformista que traz a IL para o jogo democrático e, para nós, é um ato de coragem e de liberdade", defendeu Antas de Barros.
O candidato independente, que depois das eleições talvez se "deixe enamorar, logo se vê" pela IL, diz que sente as pessoas "saturadas de andarem de eleição em eleição, sempre com as mesmas propostas" de um "sistema bipolar, sempre entre o PS e PSD".
João Antas de Barros, de 38 anos, é neto de João Pedro Antas de Barros, militante número um do PSD de Viseu, o que, no seu entender, "prova bem o espírito democrático que se vive em família".
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