"Notícia seria que Gouveia e Melo não é candidato"

O secretário-geral do PCP afirmou hoje em Setúbal que a confirmação de Gouveia e Melo de que será candidato a Presidente da República é "uma não notícia" e que não surpreendeu ninguém.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
14/05/2025 18:53 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

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"Eu acho que isso é uma não notícia, porque a notícia seria que Gouveia e Melo não é candidato. Era uma notícia que estava definida há muitos meses, há muito tempo, e que foi agora anunciada", disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas durante uma arruada da CDU em Setúbal.

 

Paulo Raimundo escusou comentar o momento escolhido pelo ex-chefe do Estado Maior da Armada para anunciar a sua candidatura, considerando que "'o timing' foi escolhido pelo próprio".

"Nós já sabíamos que ia ser candidato. Alguém estranhou esta notícia? Acho que não", acrescentou.

O secretário-geral do PCP disse que a CDU não está focada "em torno de anúncios nem pré-anúncios".

A CDU está focada "em torno daquilo que importa", dos salários, das pensões, da habitação e do Serviço Nacional de Saúde, vincou.

"O nosso tempo é este. É o tempo de hoje, de amanhã [quinta-feira], sexta-feira, sábado e domingo, em que queremos uma grande votação para responder a esses problemas", disse.

O desfile do PCP começou por volta das 17:00, na Praça do Bocage, onde está previsto decorrer um comício do PS, ainda hoje, depois de uma arruada também por Setúbal.

Questionado sobre se iria cumprimentar o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, Paulo Raimundo disse que a campanha não o permitia, que tinha de seguir para "outra batalha".

No final da arruada, enquanto discursava, a ex-deputada da CDU Heloísa Apolónia, número três por Setúbal, criticou novamente os apelos ao voto útil, considerando que o voto da CDU "é um voto com utilidade".

Para a antiga deputada, o voto na CDU é o voto "da igualdade, da liberdade, dos direitos, da não discriminação, contra os discursos de ódio, contra o racismo, contra a xenofobia, pelos direitos de todos numa sociedade igual".

Já a cabeça de lista pelo círculo, Paula Santos deixou críticas ao PS, por não acompanhar as propostas da CDU para reforçar os direitos dos trabalhadores, assim como nas propostas para aumento do salário mínimo nacional para 1.000 euros.

"Aquilo que é preciso não são deputados do PS, nem do PSD, muito menos da Iniciativa Liberal e do Chega, que, no momento da verdade e do confronto, tomam sempre a opção pela administração das empresas. Aquilo que nós precisamos são de deputados de que estejam ao lado de quem trabalha", criticou.

No discurso, Paulo Raimundo, que tem pedido vários sobressaltos (à juventude e às mulheres), apelou hoje aos micro, pequenos e médios empresários para darem "um murro na mesa".

"O vosso inimigo está nos custos da eletricidade, o vosso inimigo está nos custos das telecomunicações, está no preço das rendas, está nos custos bancários, está nos custos dos seguros. É aí que está o inimigo. Levantem-se contra esses, que são esses que querem apertar as vossas vidas", disse.

[Notícia atualizada às 19h16]

Leia Também: Mortágua recusa comentar Gouveia e Melo ou reduzir campanha à Spinumviva

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