A iniciativa será levada a cabo pelo do Conselho de Finanças Sustentáveis, composto por mais de trinta membros de organizações públicas e privadas, nomeadamente as principais associações do setor financeiro e representantes das empresas, que realizou a sua primeira reunião hoje.
A criação do conselho, explica o Ministério da Economia espanhol em comunicado, reforça o compromisso público-privado de promover a transição climática e a descarbonização da economia, fazendo parte do roteiro definido no Livro Verde sobre Finanças Sustentáveis.
O Livro Verde inclui medidas destinadas a promover a adaptação do setor financeiro e das empresas, especialmente das pequenas e médias empresas (PME).
O ministro da Economia, do Comércio e das Empresas, Carlos Cuerpo, presidiu a esta primeira reunião do Conselho de Financiamento Sustentável, cuja criação estava prevista no Livro Verde sobre Financiamento Sustentável.
O Conselho de Finanças Sustentáveis é apresentado como uma ferramenta de colaboração público-privada para desenvolver linhas de ação conjuntas destinadas a facilitar a transição verde das empresas e a descarbonização da economia.
O secretário de estado do Ambiente, Hugo Morán, é o vice-presidente do Conselho, que tem entre os seus membros os mais altos representantes de entidades como o Banco de Espanha, a Comissão Nacional dos Mercados de Valores, o Instituto de Crédito e as associações bancárias AEB e CECA; a associação de seguros, Unespa, e a associação de fundos, Inverco, entre outras.
Na primeira reunião, foi apresentado o programa de trabalho com as primeiras iniciativas, além de ter sido acordada a criação de um 'sandbox' de sustentabilidade em colaboração com os supervisores financeiros, um espaço de teste onde as empresas e instituições financeiras podem colaborar com os supervisores para resolver dúvidas sobre o quadro regulamentar e desenvolver soluções práticas.
O objetivo é que este espaço de teste esteja operacional até ao final de 2025.
Foi também decidido criar um repositório de conhecimentos para facilitar a divulgação de informações sobre sustentabilidade, que será uma ferramenta especialmente destinada às PME, para facilitar o seu acesso a fontes de informação úteis sobre financiamento sustentável e ajudá-las a cumprir os requisitos regulamentares.
O Conselho vai também incentivar o desenvolvimento de produtos financeiros ecológicos que promovam a sustentabilidade, por exemplo, incentivando a descarbonização ou explorando estruturas financeiras inovadoras que mobilizem o investimento público e privado.
Será também elaborada uma lista para facilitar a identificação de projetos sustentáveis que possam ser financiados pela Linha Verde do Plano de Relançamento, que disponibiliza financiamento às empresas em condições preferenciais.
Por último, foi criado um Comité de Acompanhamento, presidido pelo secretário do Conselho do Financiamento Sustentável, para promover o progresso das medidas propostas, incluindo os desenvolvimentos de simplificação a nível europeu, coordenar a ação dos vários grupos de trabalho criados e preparar as reuniões do Conselho do Financiamento Sustentável, a próxima das quais antes do verão.
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