Em 2023, a remuneração total tinha subido em ambos os casos: 6,7% em termos nominais e 2,5% em termos reais.
O cálculo da variação em termos reais é feito tendo como referência a variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC).
No ano passado, a remuneração bruta regular mensal -- que não inclui subsídios de férias e Natal, sendo, assim, menos sazonal, foi de 1.294 euros, havendo um aumento nominal e real de, respetivamente, 6,4% e 3,9%, contra aumentos comparáveis de 6,6% e 2,2% no ano anterior.
Ainda no ano em análise, a remuneração bruta base mensal ficou em 1.213 euros (acréscimo nominal de 6,2% e real de 3,7%, que compara com subidas de 6,8% e 2,4%, respetivamente, em 2023).
Em 2024, o IPC teve uma variação positiva de 2,4% e tinha sido de 4,3% em 2023.
No ano passado, a remuneração total variou entre 3.420 euros nas atividades de eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio e 976 euros nas atividades de agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca.
Comparando com 2023, o INE assinala que o maior aumento relativo ocorreu nas atividades de saúde humana e apoio social e o menor nas atividades de eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio, com subidas de 12,9% e 3,0%, respetivamente.
Em termos reais, houve uma subida da remuneração em todas as atividades.
Por dimensão de empresa, a remuneração total oscilou entre 1.078 euros nas empresas com entre um e quatro trabalhadores e 1.925 euros nas empresas com 500 ou mais trabalhadores.
O maior acréscimo anual foi observado no escalão das maiores empresas (7,3%), enquanto o menor (5,4%) ocorreu tanto nas empresas com entre 50 a 99 trabalhadores, como nas empresas com entre 100 e 249 trabalhadores, sendo que a remuneração total real subiu em todos os grupos de dimensão de empresa.
Numa análise por setor institucional, verifica-se que a remuneração total nas Administrações Públicas (AP) em termos reais aumentou 7,5% entre 2023 e 2024 (tinha subido 6,2% entre 2022 e 2023), para 2.234 euros.
A subida no setor público foi ainda superior ao observado no setor privado, em que a subida foi de 6,2%, para 1.482 euros.
Com o efeito da inflação, a remuneração total cresceu 4,9% no público e 3,7% no privado, em 2024, acelerando face a 2,0% e 2,9%, respetivamente, em 2023.
Estes resultados abrangem 4,8 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações, mais 2,5% do que no mesmo período de 2023.
Em relação a dezembro de 2023, e numa análise trimestral, a remuneração bruta total mensal média aumentou em todas as dimensões de análise (atividade económica, dimensão de empresa, setor institucional, intensidade tecnológica e intensidade de conhecimento).
O INE destaca que, nos últimos três meses do ano e em termos homólogos, os maiores aumentos foram registados nas atividades de saúde humana e apoio social (13,2%), nas empresas de um a quatro trabalhadores (7,0%), no setor público (7,8%) e nas empresas de baixa tecnologia industrial (6,8%).
No último trimestre de 2024, a remuneração brutal total mensal média por trabalhador subiu, em termos homólogos, 5,9%, para 1.777 euros.
A componente regular e a componente base aumentaram 6,5% e 6,1%, respetivamente, para 1.301 euros e 1.218 euros, respetivamente. Já em termos reais, a remuneração bruta total mensal média cresceu 3,2% e as suas componentes regular e base aumentaram 3,8% e 3,4%.
[Notícia atualizada às 12h02]
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