O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 1,05 dólares acima dos 63,91 com que encerrou as transações na sexta-feira.
O dia de hoje foi marcado pelo anúncio de acordo entre EUA e China de redução de taxas alfandegárias durante 90 dias.
Os dois Estados concordaram em reduzir as respetivas taxas alfandegárias em 115 pontos percentuais sobre as importações provenientes de cada, o que significa que os EUA passam a aplicar uma de 30% e a China 10%.
As negociações bilaterais vão prosseguir nos próximos 90 dias.
O acordo acontece depois de semanas de tensão e escalada nas taxas alfandegárias aplicadas por cada um, o que aliviou por enquanto o reveio entre os investidores quanto ao impacto desta guerra comercial na economia internacional, incluindo uma eventual recessão.
O confronto sino-norte-americano levou o Brent a fechar abril a perder cerca de 15%, a maior baixa mensal desde novembro de 2021.
Outros desenvolvimentos com impacto no mercado petrolífero estão a ocorrer na geopolítica, que podem vir a contribuir para a baixa do preço do petróleo.
É o caso da possível reunião frente-a-frente doas presidentes ucraniano, Volodímir Zelenski, e russo, Vladimir Putin, na Turquia, que pode vir a contar com a presença de Donald Trump.
A eventualidade de um acordo poderia levar à redução das sanções aplicadas à Federação Russa e, assim, ao aumento da capacidade de produção de um dos maiores produtores mundiais.
Por outro lado, as negociações entre EUA e Irão, sobre o programa nuclear iraniano, também podem levar à mesma evolução, isto é, levantamento de sanções e aumento de produção petrolífera.
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