Segundo a agência noticiosa France-Presse, a polícia deteve Nika Melia, do partido liberal pró-europeu Akhali, e Guigui Ougoulava, ex-autarca de Tbilissi, que participavam, juntamente com milhares de manifestantes, num protesto e tentativa de bloqueio de uma via de entrada da capital.
O canal televisivo independente Pirveli transmitiu imagens do protesto, com a polícia a espancar brutalmente manifestantes detidos, refere a AFP.
Na rede social X, a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, considerou "inaceitável" a "repressão brutal sobre manifestantes pacíficos, jornalistas e políticos esta noite em Tbilissi".
No final de 2024, este país do Cáucaso foi abalado durante várias semanas por uma vaga de protestos que contestavam a decisão do Governo, chefiado por Irakli Kobakhidze e classificado como pró-russo, de congelar o processo de adesão à UE "até ao final de 2028". Na ocasião, o Governo da Geórgia acusou o bloco comunitário de recorrer à "chantagem" nas negociações com o país.
Essas manifestações, marcadas por violência policial e dezenas de detenções, opunham-se também aos resultados das eleições legislativas de outubro, ganhas pelo partido no poder, o Sonho Georgiano, acusado de fraude eleitoral.
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