"O governo que vai entrar em funções no dia 01 de março vai representar o povo sírio tanto quanto possível e terá em conta a diversidade (da população)", afirmou Al-Chaibani à margem de uma cimeira que decorre no Dubai, Emirados Árabes Unidos.
Dois dias após o derrube de Bashar al-Assad, o grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que lidera a nova administração em Damasco, nomeou Mohammed al-Bashir para chefiar um governo provisório encarregado de gerir os assuntos correntes até 01 de março.
"O povo sírio é parceiro da mudança", afirmou Chaibani, acrescentando que todas as reformas e mudanças implementadas nos últimos dois meses foram resultado de consultas com a diáspora síria e com a sociedade civil do país.
No mês passado, Ahmed al-Charaa, líder do HTS que liderou a ofensiva rebelde que derrubou o governo de Bashar Al-Assad em 08 de dezembro de 2024, foi nomeado Presidente interino.
As novas autoridades foram encarregadas de formar um "conselho legislativo provisório para o período de transição", uma vez que o antigo Parlamento foi dissolvido, juntamente com o partido Baath, que governou a Síria durante várias décadas.
O HTS e outras fações armadas também foram dissolvidas, devendo os combatentes ser integrados no futuro Exército da Síria.
Al-Charaa já afirmou que a organização de eleições poderia demorar até cinco anos.
As novas autoridades prometeram realizar uma "conferência de diálogo nacional" com a participação de todos os sírios, mas ainda não fixaram uma data.
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