Horas depois, porém, a administração norte-americana divulgou uma lista revista com apenas 320 itens - nenhum em Washington, DC e, já hoje de manhã, a lista tinha desaparecido por completo, noticiou a agência Associated Press (AP).
A lista inicial incluía alguns dos edifícios mais conhecidos do país, juntamente com tribunais, gabinetes e até mesmo parques de estacionamento, e abrangia quase todos os estados.
Em Washington, D.C., incluía o edifício J. Edgar Hoover, que serve de sede ao FBI, o edifício do Departamento de Justiça Robert F. Kennedy, o antigo edifício dos Correios, onde o presidente Donald Trump geriu um hotel, e a sede da Cruz Vermelha Americana.
As sedes de diversas agências, incluindo o Departamento do Trabalho e o Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, também foram listadas.
Noutras partes do país, o governo teve como alvo o enorme Major-General Emmett J. Bean Federal Center, no Indiana, o Sam Nunn Atlanta Federal Center, o Edifício Federal da Presidente Nancy Pelosi, em São Francisco, e a missão dos EUA nas Nações Unidas, em Nova Iorque.
Cerca de 80% dos 2,4 milhões de funcionários federais do país estão localizados fora da área metropolitana de Washington, D.C.
"Estamos a identificar edifícios e instalações que não são essenciais para as operações governamentais, ou propriedades não essenciais para eliminação", tinha destacado a Administração de Serviços Gerais (GSA), sobre a lista inicial de 443 propriedades.
A venda das propriedades "garante que o dinheiro dos contribuintes já não é gasto em espaços federais vagos ou subutilizados", frisou, e "ajuda a eliminar a manutenção dispendiosa e permite-nos reinvestir em ambientes de trabalho de alta qualidade que apoiam as missões da agência".
Trump e o bilionário Elon Musk estão envolvidos num esforço sem precedentes para reduzir o tamanho da força de trabalho federal e diminuir as despesas do governo.
Para a administração Trump, a venda dos edifícios designados poderia poupar centenas de milhões de dólares ao governo federal, ao mesmo tempo que reformularia drasticamente a forma como as principais agências financiadas pelo Congresso operam.
A administração Trump também exigiu que os funcionários federais comparecessem no escritório todos os dias.
No mês passado, os gestores regionais da GSA receberam uma mensagem da sede da agência em Washington a ordenar que começassem a rescindir os contratos de arrendamento de todos os cerca de 7.500 escritórios federais em todo o país.
Numa reunião de acompanhamento, os gestores regionais da GSA foram informados de que o seu objetivo é rescindir até 300 contratos de arrendamento por dia, segundo um funcionário, que falou sob anonimato por medo de retaliação.
O Departamento de Eficiência Governamental de Musk listou dezenas de contratos de arrendamento de escritórios cancelados no 'site' oficial do DOGE, levantando questões em todo o país sobre o que acontecerá aos serviços prestados por estes gabinetes.
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