Keir Starmer acusa Vladimir Putin de "não levar a paz a sério"

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, acusou hoje o Presidente russo Vladimir Putin de "não levar a paz a sério", depois de Moscovo ter manifestado reservas sobre a trégua na Ucrânia proposta pelos EUA.

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© HENRY NICHOLLS/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
14/03/2025 23:56 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Não podemos permitir que o Presidente Putin brinque com o acordo proposto pelo presidente [Donald] Trump", frisou o líder britânico, que vai realizar uma cimeira por videoconferência sobre a Ucrânia no sábado, com a participação de Portugal através do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

 

"O total desrespeito do Kremlin pela proposta de cessar-fogo do presidente Trump só demonstra que Putin não leva a paz a sério", acrescentou Keir Starmer, em comunicado.

Cerca de 25 líderes de países europeus, da NATO, da Comissão Europeia, do Canadá, da Austrália, da Nova Zelândia e da Ucrânia deverão participar nesta reunião virtual na manhã de sábado de uma "coligação dos dispostos" pronta, segundo Downing Street, para "apoiar uma paz justa e duradoura" na Ucrânia.

"Putin está a tentar atrasar as coisas", acrescentou Starmer, acrescentando que "o mundo precisa de ver ação".

Portugal em conferência virtual de 25 países sobre apoio à paz na Ucrânia

Portugal em conferência virtual de 25 países sobre apoio à paz na Ucrânia

Líderes de 25 países, entre os quais Portugal, vão participar no sábado numa conferência virtual organizada pelo Reino Unido para discutir como é que podem contribuir para os esforços de paz na Ucrânia. 

Lusa | 22:34 - 14/03/2025

Os Estados Unidos de Donald Trump estão a exigir uma trégua o mais rapidamente possível e têm exercido uma pressão considerável sobre o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que finalmente concordou na terça-feira com uma cessação das hostilidades de 30 dias, desde que a Rússia também cumpra.

Mas Vladimir Putin expressou reservas e "questões importantes" que precisam de ser abordadas antes que se possa chegar a uma trégua.

Teve o cuidado, no entanto, de não rejeitar completamente a iniciativa de Donald Trump.

"Se a Rússia finalmente chegar à mesa das negociações, devemos estar preparados para monitorizar o cessar-fogo para garantir que é uma paz séria e duradoura", apontou Keir Starmer.

"Se não o fizer, então devemos fazer tudo o que for possível para aumentar a pressão económica sobre a Rússia para pôr fim a esta guerra", acrescentou.

"A minha mensagem ao Kremlin não podia ser mais clara: parem com os ataques bárbaros à Ucrânia, de uma vez por todas, e concordem com um cessar-fogo agora", insistiu Keir Starmer, que está envolvido em intensos esforços diplomáticos sobre a questão ucraniana.

A reunião virtual tem como objetivo esclarecer de que forma os países participantes podem contribuir para uma paz duradoura na Ucrânia no caso de um acordo de cessar-fogo.

Londres, Paris e Ancara disseram estar prontas para enviar forças para a Ucrânia, se necessário, como garantia de segurança. Outros países poderiam contribuir com assistência logística.

A reunião ocorreu após uma cimeira de cerca de quinze líderes que se reuniram em 02 de março em Londres.

Leia Também: "Investir na Defesa e apoiar Ucrânia sem esquecer políticas sociais"

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