Os novos dados proporcionaram uma melhor compreensão da taxa e magnitude da subida global do nível do mar após a última Idade do Gelo, há cerca de 11.700 anos.
Esta informação é essencial para compreender o impacto do aquecimento global nas calotas polares e na subida do nível do mar.
As descobertas foram publicadas na revista Nature por uma equipa liderada por cientistas do instituto de tecnologia neerlandês Deltares, noticiou na quarta-feira a agência Europa Press.
O nível global do mar aumentou rapidamente após a última era glaciar. Isto ocorreu devido ao aquecimento global e ao degelo das enormes calotas polares que cobriam a América do Norte e a Europa.
Até agora, a taxa e a magnitude da subida do nível do mar durante o início do Holocénico eram desconhecidas devido à falta de dados geológicos fiáveis deste período.
Utilizando um conjunto de dados único para a região do Mar do Norte, os investigadores conseguiram realizar cálculos altamente precisos pela primeira vez.
Analisaram uma série de poços na zona do Mar do Norte que antigamente era Doggerland, uma ponte terrestre entre a Grã-Bretanha e a Europa continental.
Esta área foi inundada com a subida do nível do mar. Ao analisar as camadas de turfa submersas nesta área, datá-las e aplicar técnicas de modelação, os investigadores mostraram que, durante duas fases do início do Holocénico, as taxas globais de subida do nível do mar atingiram brevemente um pico de mais de um metro por século.
Em comparação, a taxa atual de subida do nível do mar nos Países Baixos é de cerca de 3 mm (milímetros) por ano, o equivalente a 30 centímetros por século, e a previsão é que aumente.
Além disso, até agora tem havido uma incerteza considerável sobre o aumento total entre 11.000 e 3.000 anos atrás. As estimativas variaram entre 32 a 55 metros.
O novo estudo eliminou esta incerteza e mostra que o aumento total durante o período foi de 38 metros.
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