"O exército israelita (...) atacou e eliminou (...) Hassan Ali Mahmoud Bdair", de acordo com um comunicado conjunto do exército israelita, do Shin Bet, o serviço de segurança interna, e da Mossad, o serviço de informações externo israelita.
Uma fonte próxima do Hezbollah disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que Hassan Bdair "estava em casa com a família" no momento do ataque.
De acordo com o Ministério da Saúde libanês, citado pela agência EFE, o ataque israelita fez quatro mortos e sete feridos num edifício perto da mesquita Imam el-Kazem, no distrito de Sfeir.
"Bdair tinha recentemente cooperado com [o movimento radical palestiniano] Hamas, liderado terroristas do Hamas e ajudado a planear e a preparar um ataque terrorista importante e iminente contra civis israelitas", disseram as autoridades israelitas.
O dirigente do Hezbollah "foi atingido imediatamente para eliminar [esta] ameaça", acrescentaram no comunicado, sem dar pormenores sobre o alegado ataque planeado.
O ataque ocorreu sem aviso, ao contrário de sexta-feira, quando o exército israelita alertou os residentes dos subúrbios de Beirute antes de lançar um 'drone', depois do disparo de dois projéteis contra o norte de Israel.
As autoridades libanesas confirmaram no domingo a detenção de "vários suspeitos" de envolvimento nesse lançamento.
O Presidente libanês, Joseph Aoun, condenou o ataque aéreo de hoje.
"Temos de impedir qualquer violação da soberania vinda do exterior ou de infiltrados no interior do país que forneçam um pretexto adicional para a agressão", afirmou Aoun, citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).
O antigo chefe militar prometeu, após ter sido eleito em janeiro, que todas as armas estariam nas mãos do Estado libanês, referindo-se indiretamente às armas do Hezbollah.
Uma trégua pôs fim em 27 de novembro de 2024 a dois meses de conflito aberto entre o exército israelita e o movimento libanês pró-iraniano Hezbollah.
O grupo libanês tinha aberto uma frente contra o exército israelita no início da guerra entre Israel e o seu aliado palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.
O cessar-fogo mantém-se globalmente, apesar das acusações mútuas de violações repetidas.
O exército israelita manteve cinco posições estratégicas ao longo da fronteira no sul do Líbano.
Tanto o Hezbollah como o Hamas fazem parte do chamado "eixo de resistência" contra Israel liderado pelo Irão.
Leia Também: Irão adverte tropas dos EUA que ataques ao país terão represálias