China nomeia novo quadro encarregue de negociar acordos comerciais

A China nomeou hoje um novo quadro encarregue de negociar acordos com os seus parceiros comerciais, no contexto do agravamento das tensões com os Estados Unidos.

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Lusa
16/04/2025 07:05 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Tarifas

Li Chenggang foi nomeado para substituir Wang Shouwen, que participou nas negociações comerciais para o acordo comercial de 2020 entre a China e os Estados Unidos.

 

As duas maiores economias do mundo têm vindo a aumentar as tarifas sobre os produtos uma da outra desde que os EUA impuseram uma taxa de 20% às importações de bens oriundos da China, a pretexto da crise do fentanil. Entretanto, sucessivos aumentos de taxas elevaram a penalização para 145%. Pequim impôs taxas retaliatórias de 125% às importações de bens norte-americanos.

A China anunciou hoje que a sua economia cresceu a uma taxa homóloga de 5,4% entre janeiro e março, apoiada pelas exportações. No entanto, os analistas preveem que a segunda maior economia do mundo abrande significativamente nos próximos meses, com a entrada em vigor das tarifas nos EUA.

As exportações foram um motor crucial para a taxa de crescimento anual de 5% da China em 2024, e o objetivo oficial para este ano mantém-se em "cerca de 5%".

Pequim sublinhou a sua determinação em manter os seus próprios mercados abertos ao comércio e ao investimento.

Sheng Laiyun, porta-voz do Gabinete Nacional de Estatística, que difundiu hoje os dados económicos relativos ao primeiro trimestre, disse que as taxas norte-americanas exercerão pressão sobre a economia chinesa, mas não farão descarrilar o crescimento a longo prazo.

Não se sabe por que razão a China mudou de negociadores, mas a alteração ocorre numa altura em que as autoridades chinesas dizem que o país tem várias opções para responder às ações dos EUA, incluindo confiar mais no seu próprio vasto mercado de 1,4 mil milhões de consumidores, na Europa e nos países em desenvolvimento.

No entanto, o consumo interno da China continua débil e dificilmente substitui o consumidor norte-americano.

A China também impôs mais controlos sobre a exportação de terras raras, que incluem materiais utilizados em produtos de alta tecnologia, no fabrico aeroespacial e no setor da Defesa.

Leia Também: Xi tenta posicionar China como fonte de estabilidade no Sudeste Asiático

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