Papa. Maduro recorda amigo que impôs canonização de dois venezuelanos

O Presidente da Venezuela Nicolás Maduro lamentou hoje a morte "do Papa Francisco, líder espiritual e amigo dos povos", que impôs a canonização de dois santos venezuelanos, o Dr. José Gregorio Hernández e a religiosa Madre Carmen Rendiles.

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© Massimo Valicchia/NurPhoto via Getty Images

Lusa
21/04/2025 21:27 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Papa Francisco

"A Venezuela recordá-lo-á sempre como um amigo sincero, como o Papa que impulsionou com determinação a canonização do Dr. José Gregorio Hernández, símbolo da fé do povo venezuelano e ponte espiritual entre as nossas lutas e a nossa esperança. Pedimos-lhe que juntamente com a Madre Carmen Rendiles o recebam na glória de Deus", explica em um comunicado.

 

No documento, divulgado em Caracas, Nicolás Maduro em nome do Governo e povo venezuelano começa por lamentar com profunda dor a morte do Papa Francisco, "pastor do mundo, irmão do Sul e defensor acérrimo da justiça, da paz e dos mais humildes".

"O Papa Francisco foi um líder espiritual transformador, cuja voz clara e corajosa denunciou as desigualdades do sistema dominante e apelou a um mundo mais humano, justo e profundamente unido. A partir da sua identidade latino-americana, deu impulso a uma Igreja empenhada nas causas dos pobres, na proteção da Mãe Terra e no diálogo entre culturas e religiões", explica.

Nicolás Maduro sublinha que "o seu Pontificado será recordado pela sua profunda opção pelos excluídos, pela sua coragem pastoral e pela sua capacidade de renovar a esperança do povo" e que "foi um homem de Deus que não hesitou em incomodar os poderosos com a verdade do Evangelho".

No comunicado, Nicolás Maduro explica ainda que "neste momento de recolhimento espiritual, o povo venezuelano une-se em oração, celebrando o legado luminoso de Francisco: o seu amor ao próximo, a sua fé empenhada e o seu testemunho de humanidade".

"A sua memória permanecerá viva naqueles de nós que lutam por um mundo de dignidade, paz e justiça social", conclui.

Já antes, Nicolás Maduro tinha usado as redes sociais para expressar que tinha recebido "com imensa dor a notícia da partida física para a glória eterna de um extraordinário líder religioso, ético e espiritual, um baluarte da vida cristã consagrada a Deus".

"Jorge Bergoglio, o Papa Francisco, amado por todos nós cristãos e por todas as religiões. Ele dinamizou, renovou e deu grande prestígio à Igreja Católica, um grande argentino, um grande latino-americano universal", afirmou numa mensagem no Instagram que acompanhou com vários fotos suas com o falecido líder religioso.

Entretanto, a arquidiocese de Caracas anunciou hoje que durante os nove dias de luto, os sinos tocarão em todas as igrejas da cidade capital da Venezuela e do país, e que vão ser celebradas missas e atos de devoção, entre eles o Santo Rosário, em distintos horários.

O Papa Francisco, 88 anos, morreu hoje às 07h35 locais (06h35 em Lisboa) na residência na Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano.

Francisco morreu após mais de dois meses a sofrer de graves problemas respiratórios que o obrigaram a permanecer no Hospital Gemelli em Roma durante 38 dias, até 23 de março.

Leia Também: Trump anuncia que vai comparecer no funeral de Francisco

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