"Partiu o líder da simplicidade, compaixão e fraternidade. Papa Francisco foi para a casa do Pai (...) Deixa-nos o apóstolo da justiça social e da ecologia, do diálogo inter-religioso, defensor de um mundo mais justo e pacífico e de uma igreja de misericórdia e com espaço para todos", declarou a Presidente da Assembleia da República de Moçambique, Margarida Talapa, no arranque das sessões em plenária, que vão até 02 de maio.
Na sua mensagem, Talapa prestou condolências à igreja católica e aos seus fiéis e lembrou a visita que o Papa Francisco efetuou a Moçambique em setembro de 2019, em que deixou aos moçambicanos uma mensagem de "esperança, paz e reconciliação".
O momento mais marcante da visita a Moçambique foi a celebração de uma missa no Estádio Nacional do Zimpeto, o principal do país.
"Moçambique possui um território cheio de recursos naturais e culturais (...) mas apesar destas riquezas, uma quantidade enorme de população vive abaixo do nível de pobreza (...)por vezes, parece que aqueles que se aproximam com suposto desejo de ajudar, têm outros interesses. É triste quando isto se verifica entre irmãos da mesma terra, que se deixam corromper ", referiu, na altura, Francisco, durante a homilia numa missa campal acompanhada por milhares fiéis nos arredores de Maputo.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
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