A Rússia vai abrir em breve uma embaixada no país, uma vez que Moscovo e Santo Domingo ponderam abolir os requisitos de visto recíproco.
"A República Dominicana é o nosso parceiro promissor na região da América Latina e Caraíbas, e valorizamos as relações amigáveis tradicionais entre os nossos países", frisou Lavrov, de acordo com uma nota divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Dominicana e citada pela agência France-Presse (AFP).
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, que se encontrou com o seu homólogo dominicano Roberto Alvarez e depois com o Presidente Luis Abinader, sublinhou que o primeiro tema abordado foi o turismo, para "alargar o fluxo turístico".
O ministro dominicano Roberto Alvarez enfatizou depois os problemas do Haiti, com o qual o seu país partilha a ilha de Hispaniola.
"Apresentei detalhadamente ao ministro Lavrov a posição dominicana, que defende uma ação mais eficaz, coordenada e urgente por parte da missão multinacional de apoio à segurança no Haiti", apontou o ministro, enfatizando "a profunda crise política, de segurança e humanitária que afeta o Haiti".
"Esperamos que as Nações Unidas desempenhem um papel central na logística e no financiamento para garantir a eficácia [da Missão Multinacional]. Neste sentido, solicitamos a colaboração do ministro Lavrov" e da Rússia, acrescentou Alavarez.
Lavrov não abordou este tema, de acordo com as suas declarações divulgadas.
O Haiti está no centro da política dominicana, com o Presidente Abinader a comentar regularmente a situação instável do vizinho, com quem tem uma relação complicada.
Abinader fez da luta contra a imigração haitiana um dos seus principais focos.
Desde que chegou ao poder em 2020, o chefe de Estado, que foi triunfalmente reeleito em 2024, endureceu a política migratória, iniciando nomeadamente a construção de um muro ao longo da fronteira entre o seu país, mais rico, e o Haiti, que é assolado pela pobreza e pela violência dos gangues.
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