EUA dizem que cessar-fogo com Huthis limita-se ao Mar Vermelho

O Departamento de Estado norte-americano esclareceu hoje que o cessar-fogo com os Huthis limita-se ao Mar Vermelho, enquanto este movimento iemenita prometeu continuar a atacar Israel.

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Lusa
06/05/2025 23:05 ‧ há 5 horas por Lusa

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Huthis

A porta-voz da diplomacia norte-americana, Tammy Bruce, especificou que o acordo "é sobre o Mar Vermelho", onde a liberdade de navegação e o fluxo de comércio têm sido ameaçados por ataques dos rebeldes, e recusou comentar um possível pacto semelhante entre os iemenitas e Israel.  

 

"Era claro que os Estados Unidos continuariam esta operação até que os Huthis parassem de atacar navios naquele teatro, e foi isso que vimos aqui", adiantou Bruce.

Os rebeldes iemenitas Huthis e os Estados Unidos concordaram com um cessar-fogo, anunciou hoje o chefe da diplomacia de Omã, pouco depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarar o fim dos ataques no Iémen.

"Após discussões e contactos recentes entre o sultanato de Omã e os Estados Unidos e autoridades relevantes em Sana (...) os esforços resultaram num acordo de cessar-fogo entre as duas partes", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Omã, Badr al-Busaidi.

No futuro, "nenhum dos lados atacará o outro, incluindo embarcações dos Estados Unidos" no mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandab, afirmou Badr al-Busaidi, citado pela agência de notícias France Presse (AFP).

Paralelamente, o líder político dos Huthis, Mahdi al-Mashat, prometeu hoje uma resposta "relâmpago" a Israel, país que os Huthis pretendem continuar a atacar em resposta aos bombardeamentos israelitas.

Al-Mashat prometeu uma resposta "rápida, dolorosa e para além do que o inimigo israelita pode suportar", numa declaração em que frisou que os ataques "continuariam".  

Hoje, pelo segundo dia consecutivo, Israel bombardeou infraestruturas controladas pelos Huthis, incluindo o aeroporto e as centrais elétricas em Sana, em resposta a um ataque de insurgentes pró-iranianos no aeroporto de Telavive.

Os meios de comunicação social afetos aos Huthis indicaram que pelo menos três pessoas foram mortas e 38 ficaram feridas nestes ataques.

Um funcionário do aeroporto de Sana disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que a infraestrutura ficou "completamente destruída" e três dos sete aviões pertencentes à companhia aérea nacional iemenita ficaram inutilizados.

O anúncio do cessar-fogo seguiu-se a declarações do Presidente norte-americano, nas quais afirmou que os Huthis se tinham rendido e os bombardeamentos dos Estados Unidos no Iémen iam parar de imediato.

"Os Huthis anunciaram (...) que não querem lutar mais. Simplesmente não querem lutar. E nós honraremos isso. Vamos parar os bombardeamentos. Eles renderam-se", afirmou Trump, na Sala Oval da Casa Branca, ao lado do novo primeiro-ministro canadiano, Mark Carney.

Os Estados Unidos destacaram uma força para a região, com o objetivo de neutralizar os ataques dos rebeldes xiitas apoiados pelo Irão contra a navegação comercial no mar Vermelho e golfo de Aden.

O grupo iemenita, que controla grandes áreas do Iémen incluindo a capital, alega que cerca de dez ataques norte-americanos visaram Sana antes do amanhecer de segunda-feira.   

O Pentágono anunciou no final de abril que atingiu mil alvos ligados aos Huthis no Iémen desde 15 de março, matando vários combatentes e líderes rebeldes.

O conflito tem como pano de fundo a guerra na Faixa de Gaza, entre Israel e o grupo islamita Hamas, com os Huthis a justificar os ataques com o apoio ao aliado palestiniano.

Leia Também: Trump anuncia capitulação dos Huthis e fim de ataques no Iémen

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