Jornalistas criticam ausência de agências nos media que viajam com Trump

A Associação dos Correspondentes da Casa Branca criticou a ausência de agências de notícias no grupo de media que viajam com o Presidente à Arábia Saudita, primeira deslocação de Donald Trump ao estrangeiro desde que tomou posse.  

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© Francis Chung/Politico/Bloomberg via Getty Images

Lusa
13/05/2025 06:31 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

EUA

A bordo do Air Force One que leva Trump não seguiu na segunda-feira qualquer repórter da The Associated Press, Bloomberg ou Reuters, impedindo estas agências internacionais de participarem nas conferências de imprensa durante a viagem.

 

"As suas reportagens são distribuídas rapidamente a milhares de agências noticiosas e a milhões de leitores em todo o mundo todos os dias, pelo que todos têm igual acesso à cobertura da presidência", afirmou a Associação dos Correspondentes da Casa Branca num comunicado.

 "Esta mudança é um mau serviço a todos os americanos que merecem saber o que o seu mais alto líder eleito está a fazer, o mais rapidamente possível", adiantou.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, não respondeu a mensagens pedindo comentários.  

Trump partiu na segunda-feira numa viagem ao Médio Oriente que inclui, entre 13 e 16 de maio, a Arábia Saudita, o Qatar e os Emirados Árabes Unidos.  

A Casa Branca tem introduzido mudanças substanciais no relacionamento com os media que acompanham o Presidente, nomeadamente promovendo o acesso a meios e algumas personalidades mediáticas não independentes e com agendas abertamente pró-Trump.

A agência AP encontra-se banida desde meados de fevereiro de acontecimentos na Sala Oval como retaliação por recusar-se a mudar nas suas notícias o nome do Golfo do México para Golfo da América, como Trump tinha determinado numa ordem executiva.

A 08 de abril, um juiz norte-americano ordenou à Administração Trump que restabelecesse o acesso da AP aos eventos presidenciais.

O juiz distrital Trevor McFadden disse que a restrição da Casa Branca aos jornalistas da AP era "contrária à Primeira Emenda", que garante a liberdade de expressão.

A Casa Branca apresentou recurso da decisão e, na semana seguinte, um repórter e um fotógrafo da AP foram impedidos de participar numa conferência de imprensa na Sala Oval com Trump e o seu homólogo de El Salvador, Nayib Bukele.

Entretanto, a Casa Branca instituiu uma nova política de comunicação social que juntou as agências de notícias aos repórteres da imprensa escrita numa rotação no Air Force One ou em eventos da Sala Oval.

Leia Também: Trump diz que seria "estúpido" recusar avião presidencial do Qatar

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