Embaixadores junto da UE aprovam 17.º pacote de sanções à Rússia

A decisão surge numa altura em que a Europa ameaça com mais sanções se Moscovo não concordar com uma trégua na Ucrânia.

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Notícias ao Minuto com Lusa
14/05/2025 08:28 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

União Europeia

A União Europeia (UE) aprovou, esta quarta-feira, um novo pacote de sanções contra a Rússia. A decisão surge numa altura em que a Europa ameaça com mais sanções se Moscovo não concordar com uma trégua na Ucrânia.

 

Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), as sanções já estavam a ser preparadas antes de os líderes europeus terem feito o ultimato a Moscovo.

Já à Lusa fontes europeias avançaram que os embaixadores dos Estados-membros junto da UE aprovaram o 17.º pacote de sanções comunitárias à Rússia pela invasão da Ucrânia, três meses após um outro, visando enfraquecer a economia russa e o financiamento da guerra.

A 'luz verde' política aconteceu na reunião desta manhã dos embaixadores junto da UE, em Bruxelas, estando prevista uma aprovação oficial na reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, na próxima terça-feira.

Este novo conjunto de medidas restritivas surge três meses após 16.º pacote de sanções - que foi aprovado aquando do terceiro aniversário da guerra da Ucrânia - e volta a abranger navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, reforçando o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia.

Surgem ainda novas restrições a mais indivíduos e entidades, adiantaram as fontes europeias à Lusa.

Na noite de terça-feira, o presidente de França, Emmanuel Macron, anunciou que os europeus vão impor sanções secundárias "nos próximos dias" se a Rússia "confirmar que não está a respeitar" o cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia.

"A nossa vontade, se a Rússia confirmar que não está a respeitar o cessar-fogo de 30 dias, proposto por Kyiv e pelos aliados, é voltar a aplicar sanções. Já aplicámos várias dezenas e vamos aplicar nos próximos dias, em estreita ligação com os Estados Unidos", afirmou Emmanuel Macron.

O chefe de Estado francês, que esteve na Ucrânia com o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e britânico, Keir Starmer, indicou que a coligação de países dispostos a dar garantias de segurança à Ucrânia no caso de cessar-fogo querem "adotar novas sanções [contra a Rússia] em conjunto com os Estados Unidos" de Donald Trump.

Antes, no sábado, a Ucrânia, os seus aliados europeus e os Estados Unidos, tinham feito um ultimato a Moscovo para que este aceitasse um cessar-fogo "completo e incondicional" a partir de segunda-feira, sob pena de a Rússia enfrentar novas "sanções maciças".

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre os quais o presidente russo, Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.

Em causa está a proibição de viajar para a UE, o congelamento de bens e a indisponibilidade de acesso a fundos que provenham do espaço comunitário.

Avançou-se também para o congelamento de bens, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.

Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.

A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Tarifas? Bruxelas antecipa impactos negativos no PIB e investimento da UE

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