Mais de 40 mil pessoas estiveram presentes no cortejo e no primeiro dia do velório do ex-presidente José 'Pepe' Mujica, na quarta-feira. Mujica, que morreu aos 89 anos, foi um símbolo da esquerda latino-americana.
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A cortejo fúnebre teve início na sede da Presidência uruguaia, onde o atual presidente, Luis Lacalle Pou, colocou a bandeira do país sobre o caixão que, depois, passou por diversos locais que marcaram a vida do ex-presidente.
De acordo com as autoridades locais, o cordão humano que acompanhou o cortejo foi constituído por 300 pessoas.
O segundo dia de velório, esta quinta-feira, reuniu vários líderes, tais como o presidente do Brasil e o presidente do Chile.
O corpo de José 'Pepe' Mujica vai ser cremado e as cinzas depositadas na casa onde ele vivia em Rincón del Cerro, nos arredores da capital uruguaia. O ex-presidente será enterrado junto da sua cadela Manuela.
A vida de José Mujica foi dedicada ao ativismo, culminando num mandato presidencial de cinco anos marcado pela austeridade a que se impôs e por mensagens de solidariedade muito distantes da grande retórica política.
O seu perfil singular tornou-o num símbolo que transcendeu as fronteiras de um pequeno país de apenas 3,4 milhões de habitantes.
Nascido em Montevideu, em 1935, numa família de ascendência italiana e basca, José Alberto Mujica Cordano inclinou-se inicialmente para a ala conservadora do Partido Nacional, mas cedo se separou para se juntar ao Movimento de Libertação Nacional (MLN), o grupo guerrilheiro Tupamaro de esquerda radical, na década de 1960.
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