A estação de televisão dos rebeldes pró-iranianos, Al-Massirah, anunciou "ataques israelitas" aos portos das cidades de Hodeida e de Salif, depois de, na quarta-feira, o Exército israelita ter pedido a evacuação de três portos no Iémen.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ameaçou continuar os ataques no Iémen, incluindo contra os líderes dos rebeldes Huthis, referindo-se aos ataques aos portos no Iémen.
"Os nossos pilotos acabaram de atacar com sucesso dois portos terroristas Huthi, e isto é apenas o início, haverá mais ataques", disse Netanyahu numa mensagem vídeo divulgada em hebraico.
"Não estamos preparados para ficar parados e deixar que os Huthis nos ataquem. Vamos atacá-los com muito mais força, incluindo os seus líderes", ameaçou o líder israelita.
Hoje, Israel também lançou dezenas de ataques aéreos no norte e sul de Gaza, matando mais de 93 pessoas e ferindo centenas, ataques que as autoridades israelitas descreveram como um prelúdio para uma campanha militar maior no território com o objetivo de pressionar o grupo extremista palestiniano Hamas a libertar reféns.
Os ataques no Iémen e em Gaza aconteceram após dias de ataques semelhantes que mataram mais de 130 pessoas e ocorreram enquanto o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, termina um périplo de quatro dias ao Médio Oriente que passou pela Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
Os Huthis integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos radicais da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.
Os Huthis iniciaram ataques contra a navegação comercial na região do Mar Vermelho, em novembro de 2023, para prejudicar economicamente Israel, em alegada solidariedade com o grupo islamita palestiniano Hamas na guerra na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que lançou dezenas de ataques diretos contra território israelita.
As ações dos Huthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, uma região vital para o comércio global, levaram ao início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Em 06 de maio, Omã anunciou que os Huthis e os Estados Unidos concordaram com um cessar-fogo, pouco depois de o Presidente norte-americano declarar o fim dos ataques no Iémen, apesar de persistirem as hostilidades entre o grupo rebelde e Israel.
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