Cerca de 2.000 pessoas detidas no Gana no combate à imigração ilegal

Mais de 2.000 estrangeiros ilegais, incluindo cerca de 1.300 crianças, foram detidos hoje em Acra, a capital do Gana, numa operação de grande envergadura conduzida pelo Serviço de Imigração do país, anunciaram as autoridades.

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Lusa
16/05/2025 19:50 ‧ há 6 horas por Lusa

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Gana

A operação tinha como objetivo "responder à crescente preocupação com a mendicidade de rua organizada, envolvendo cidadãos estrangeiros", declarou o ministro do Interior, Muntaka Mubarak, na sua conta do Facebook.

 

"Esta atividade representa um risco para a segurança nacional e mancha a imagem do nosso país", disse.

O ministro referiu ainda que muitas pessoas tinham entrado no Gana através de "canais não autorizados, contornando os procedimentos essenciais de imigração".

A maioria das pessoas detidas durante esta operação vinha do vizinho Burkina Faso, do Togo, da Nigéria e do Níger.

As pessoas detidas foram depois submetidas a controlos de segurança e a exames médicos antes de serem repatriadas, informaram as autoridades.

"As pessoas detidas serão tratadas com o máximo profissionalismo e respeito pelos seus direitos fundamentais", referiu o serviço de imigração, num comunicado.

No bairro operário de Abossey Okai, a operação foi saudada por vários residentes.

"É uma iniciativa muito boa, que já devia ter sido implementada há muito tempo", disse John Gyamfi, 43 anos, um comerciante do bairro.

Muitos dos imigrantes detidos dizem que vieram para o Gana por necessidade.

"Os nossos maridos e familiares foram mortos. Estamos aqui apenas para sobreviver, nada mais", declarou Chamsiya Alhassan, uma imigrante do Níger.

"Encontrar comida tornou-se uma luta diária", lamentou.

Outras operações policiais semelhantes poderão ser levadas a cabo nas próximas semanas pelas autoridades, que pretendem reforçar os controlos migratórios e combater as redes de mendicidade organizada no Gana.

A região do Sahel está a enfrentar um recrudescimento das insurreições terroristas ligadas à Al-Qaida e ao Estado Islâmico, mas também de fenómenos climáticos extremos, o que obriga algumas populações a deslocarem-se em busca de segurança e alimentos.

Leia Também: Amnistia denuncia abusos contra mulheres acusadas de bruxaria no Gana

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