Jornalista sueco detido na Turquia foi libertado e regressa à Suécia

O jornalista sueco detido na Turquia no final de março e condenado por insultar o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi libertado e está a caminho da Suécia, anunciou hoje o Governo sueco.

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Lusa
16/05/2025 19:30 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Joakim Medin

"O jornalista sueco Joakim Medin está a caminho da Turquia para a Suécia. Vai aterrar dentro de algumas horas", escreveu o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, na rede social X.

 

"O trabalho árduo em relativo silêncio valeu a pena", acrescentou o governante, agradecendo aos colegas europeus "que foram de grande ajuda no processo".

"Fizemos tudo para proteger os interesses [de Medin] o mais rapidamente possível", disse Kristersson, à margem de uma cimeira de líderes europeus em Tirana, capital da Albânia.

Joakim Medin, de 40 anos, foi libertado da prisão na noite de quinta-feira e levado pela polícia para Istambul, onde permaneceu detido numa esquadra até ser entregue ao consulado sueco.

"Para Joakim, é uma vitória por si só poder regressar a casa. Não creio que se consigam vitórias jurídicas na Turquia. Há sempre uma dimensão política", disse o editor-chefe do jornal Dagens ETC, Andreas Gustavsson, publicação para a qual Medin trabalha.

O repórter foi detido a 27 de março à chegada a Istambul, onde ia fazer a cobertura jornalística dos protestos desencadeados pela detenção, a 19 de março, do presidente da Câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, o principal rival do Presidente Erdogan.

No final de abril, o jornalista foi condenado a 11 meses de prisão, com pena suspensa, por um tribunal de Ancara, por "insultar o Presidente".

Apesar da pena suspensa, Joakim Medin permaneceu na prisão a aguardar outro julgamento por "filiação numa organização terrorista".

O advogado turco disse que o jornalista ainda enfrenta outros processos judiciais, estando a primeira audiência no caso relacionado com terrorismo marcada para 25 de setembro.

O jornalista negou a acusação da justiça turca de que tenha participado numa manifestação em Estocolmo, em janeiro de 2023, do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, proibido na Turquia).

Leia Também: ONG exige a Macau que deixe jornalistas trabalhar "sem receio de represálias"

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