Conferência sobre solução de dois Estados entre 17 e 20 de junho

A conferência internacional copresidida por França e Arábia Saudita para relançar a solução pacífica de "dois Estados" para o conflito israelo-palestiniano realiza-se entre 17 e 20 de junho, confirmou uma porta-voz da Assembleia-Geral da ONU.

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© Hassan Jedi/Anadolu via Getty Images

Lusa
16/05/2025 20:16 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Numa resolução adotada em dezembro de 2024, a Assembleia-Geral, apelando para negociações credíveis no processo de paz no Médio Oriente, decidiu convocar esta "conferência internacional de alto nível para a resolução pacífica da questão da Palestina e a aplicação da solução de dois Estados" em Nova Iorque, em junho, confiando a sua presidência a Paris e Riade.

 

Segundo uma fonte diplomática próxima dos trabalhos preparatórios, a conferência constituirá uma oportunidade para "anunciar ações rápidas, com prazos irreversíveis", com vista a um reconhecimento mais amplo da Palestina como Estado de pleno direito.

Quase 150 países reconhecem o Estado da Palestina, que tem assento como membro observador na Organização das Nações Unidas, mas não como membro de pleno direito, na ausência de um voto favorável sobre essa matéria no Conselho de Segurança.

Em maio de 2024, a Irlanda, a Noruega e Espanha reconheceram a Palestina, seguidas da Eslovénia, no mês seguinte, mas a maioria dos países ocidentais, incluindo França, embora copresida à conferência, e Portugal, não deu esse passo.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou em abril que queria aproveitar a oportunidade oferecida pela conferência de Nova Iorque para desencadear uma série de processos de reconhecimento da Palestina, "mas também o reconhecimento de Israel pelos Estados que hoje não o fazem".

Em 2020, os Acordos de Abraão, patrocinados por Donald Trump durante o seu primeiro mandato na Casa Branca, levaram à normalização das relações entre Israel e três países árabes: Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.

Mas muitos países árabes recusaram-se até agora a aderir a este processo, nomeadamente a Arábia Saudita, bem como a Síria e o Líbano, vizinhos de Israel.

Com a guerra desencadeada por Israel na Faixa de Gaza em retaliação ao ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, a 07 de outubro de 2023, no mesmo dia, Riade excluiu qualquer normalização das relações com Israel sem a criação de um Estado palestiniano soberano e viável, projeto a que o Governo de coligação de direita e extrema-direita do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se opõe com toda a determinação.

Leia Também: Responsável de direitos humanos da ONU alerta para "limpeza étnica" em Gaza

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